Coreia do Norte coloca em causa realização de nova cimeira com Estados Unidos
Através de uma declaração assinada pelo assessor do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Kim Kye-gwan e divulgada pela agência de notícias estatal KCNA, Pionyang acusou Washington de "não ter feito nada para implementar a declaração conjunta" assinada por Kim Jong-un e Donald Trump na primeira cimeira realizada em Singapura, em 2018.
"Pelo contrário, os EUA retomaram as suas manobras militares conjuntas que o Presidente (dos Estados Unidos) prometeu pessoalmente suspender", afirmou, acusando Washington de "intensificar sanções e pressões" sobre Pyongyang e de "deteriorar as relações bilaterais".
O conselheiro norte-coreano, no entanto, enfatizou na declaração que Trump é "diferente dos seus antecessores, em termos de significado e decisões políticas".
Há três dias, os serviços de informação da Coreia do Sul afirmaram esperar que os Estados Unidos e a Coreia do Norte retomem as reuniões de trabalho sobre a desnuclearização da península coreana dentro de duas a três semanas.
Se as partes chegarem a acordo nas reuniões, isso poderá resultar a uma nova cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un antes do final do ano, explicaram numa conferência de imprensa parlamentares do comité de segurança, depois de se reunirem com os representantes do Serviço Nacional de Informação (NIS).
Os parlamentares, citados pela agência de notícias Yonhap, explicaram que nessas reuniões de trabalho, cuja localização não foi mencionada, o ex-embaixador norte-coreano no Vietname, Kim Myong-gil, liderará a equipa de negociação do regime.