Israel prepara-se para a guerra
O comandante máximo das Forças de Defesa de Israel, o Tenente-General Aviv Kohavi, diz que o Irão está por detrás das maiores ameaças que o país enfrenta: a Síria e o Líbano. O responsável garante que o Estado hebraico enfrenta uma ameaça real de conflito, forçando o exército a preparar-se rapidamente para a guerra.
“Nas arenas do norte e do sul, a situação é
precária e tende a deteriorar-se transformando-se num conflito, apesar
de a guerra não interessar aos nossos inimigos. Em face disto, as FDI
estão em processo acelerado de preparação”, disse Kohavi.
O Chefe do Estado-Maior israelita fez estas declarações ao revelar um plano militar, designado por Tenufa, em hebraico, ou Momentum, que vai guiar a ação militar nos próximos cinco anos.
O general Aviv Kohavi diz que a primeira ameaça para Israel vem do Irão e dos países proxies, como a Síria, o Líbano e o Iraque, onde há milícias iranianas ou forças nacionais que operam mando ou em concertação com Teerão. “A maior ameaça ao Estado de Israel está na arena do norte: com a
infiltração de forças iranianas e outras na Síria e com o Hezbollah no
Líbano, que tem um projeto de mísseis de precisão”, Disse Kohavi,
referindo-se ao programa de desenvolvimento de projéteis de longo
alcance e de elevado rigor da milícia xiita libanesa, apoiada pelo Irão.
Israel considera os mísseis guiados de precisão como uma ameaça muito
maior do que aquela que é atualmente colocada pelo arsenal que o
Hezbollah tem.
São mais de 100 mil rockets e mísseis com projéteis de capacidade melhorada que podem, no futuro, deter os sistemas de defesa antiaérea das FDI,
destruindo infraestruturas cruciais em Israel, coisa que, com o
presente arsenal, a milícia xiita libanesa, não consegue fazer.
No mês passado, uma alta patente militar israelita admitia à RTP que os
serviços secretos de Israel estavam a considerar este projeto como a
segunda maior ameaça ao país, depois do programa nuclear do Irão.
Nos últimos anos, no decurso da guerra civil na Síria, o Irão tem feito
um esforço considerável para estabelecer postos militares neste país, de
forma a viabilizar ataques contra Israel feitos pelas suas forças ou
por aliados no terreno.