Praia: Insegurança e crise na autoridade do Estado
Apesar da situação de insegurança que se vive na Praia, o Primeiro-ministro encontra-se de visita à Europa. A questão sequer foi analisada a nível do Conselho de Ministros, que pode propor medidas para conter a onda da criminalidade – há mais de 6 mortos em menos de três semanas, sendo quatro dos quais supostos crimes de homicídios.
O Presidente da República continua de bico calado e em visitas pelas ilhas. Jorge Carlos Fonseca sequer emitiu declarações ou dirigiu mensagens especiais à nação para incentivar o Governo a tomar medidas para repor a tranquilidade pública na Capital e proferir palavras de confortos aos familiares das vítimas e à população em geral.
Para analistas atentos, diante da gravidade da situação de insegurança que se vive nos últimos 60 dias na Praia, o mais normal é que o ministro da Administração Interna e a cúpula da Polícia Nacional tivessem já colocado o cargo à disposição ou então sido demitidos pelo chefe do Governo.
Segundo os interlocutores deste jornal, atendendo ao clima de insegurança que se regista ultimamente na Capital, o Governo deve tomar medidas urgentes para repor a autoridade do Estado agora enfraquecida - perante os supostos criminosos a desafiarem as autoridades com a onda de assaltos e crimes de sangue registados -, garantindo tranquilidade pública e proteção dos cidadãos. Mais agentes policiais e militares nas ruas e forte atuação das autoridades judiciárias na investigação e no julgamento dos supostos autores dos crimes referidos são, no entender das nossas fontes, entre outras medidas urgentes que devem ser tomadas pelas autoridades centrais. Vamos esperar para ver!