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A segurança junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau foi hoje reforçada, disse à agência Lusa fonte do executivo liderado por Aristides Gomes.

"A segurança foi reforçada no Palácio do Governo", confirmou a fonte, adiantando que o Governo de Aristides Gomes está a "controlar os ministérios para evitar eventuais distúrbios".

A Lusa constatou no local o reforço da presença das forças policiais e da Ecomib, força de interposição da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

No local, estão também funcionários que foram impedidos, pelas forças de segurança, de entrar no complexo, que junta uma série de ministérios e secretarias de Estado, incluindo o gabinete do primeiro-ministro.

A Guiné-Bissau vive um momento de grande tensão política, tendo o país neste momento dois governos e dois primeiros-ministros, nomeadamente Aristides Gomes e Faustino Imbali.

O Presidente guineense deu posse no dia 31 de outubro a um novo Governo, depois de ter demitido o Governo liderado por Aristides Gomes em 28 de outubro, e afirmou no domingo que a sua decisão "é irreversível".

A União Africana, a União Europeia, a CEDEAO, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e as Nações Unidas já condenaram a decisão do Presidente de demitir o Governo liderado por Aristides Gomes e disseram que apenas reconhecem o executivo saído das eleições legislativas de 10 de março, que continua em funções.

O Governo de Aristides Gomes já disse que não reconhece a decisão de José Mário Vaz, por ser candidato às eleições presidenciais, pelo seu mandato ter terminado em 23 de junho e por ter ficado no cargo por decisão da CEDEAO.

Uma missão da CEDEAO, que chegou no sábado ao país, reforçou no domingo que a organização apoia o Governo de Aristides Gomes e voltou a ameaçar impor sanções a quem criar obstáculos à realização das presidenciais em 24 de novembro.

Na segunda-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas ameaçou com novas sanções a todos aqueles que "minem a estabilidade" da Guiné-Bissau.

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