Contra criminalidade na Praia: Familiares do agente Hamilton Morais morto a tiro promovem marcha silenciosa esta sexta-feira
Segundo convites postos a circular através de redes sociais, a iniciativa parte de familiares e amigos de Hamilton Morais, que dia 21 deste mês completaria 41 anos de idade se estivesse vivo.
Elton Ebreu Morais, irmão do falecido citado pelo jornal A Nação, fundamenta que a marcha deste sábado serve para não deixar o assassinato de Hamilton Morais e outros serem esquecidos. Elton Morais revela que no dia 21 de Dezembro Hamilton Morais completaria 41 anos de idade. Daí, conforme ele, a razão da escolha de 20 de Dezembro para a sociedade homenagear este que foi agente do PN morto a tiro e demonstrar o descontentamento em relação ao seu assassinato.
Declaração do DN da PN e contestação de familiares
Como noticiou o Asemanaonline, familiares de Hamilton Morais não gostaram da afirmação do Diretor Nacional da PN, segundo a qual a morte do agente foi um acidente.
“O que aconteceu, em princípio, é um acidente, segundo consta. E vamos aguardar pelo resultado das investigações e no fim poderemos melhor pronunciar sobre esta questão”, declarou, segundo a Inforpress, no dia 27 de Novembro, à imprensa, no final de um Curso de Comando e Direcção Policial (CCDP), destinado a oficias da Polícia Nacional.
Emanuel Estaline Moreno reconheceu, no entanto, que se trata de um caso “triste”, mas que, no entanto, não mancha a cooperação policial.
A reação dos familiares do agente não se fez esperar e aconteceu, através do pai Joaquim Morais, num posto que colocou, no mesmo dia (27 de Novembro) na sua página de facebook, contestando a afirmação do Diretor Nacional da Polícia Nacional. «Senhor director da Polícia Nacional!!! Com que então, o ’assassinato’ do meu filho foi um acidente, não??? Como é que o senhor pode fazer tal afirmação, se o caso está ainda a ser investigado??? Nesta família, nunca compactuamos com inverdades, nem com meias verdades. Não somos burros e nem otários».
Joaquim Morais vai mais longe, desafiando o DN da PN que quer saber toda a verde sobre a morte do seu filho. «Ao fazer tal afirmação, demonstra que sabe algo mais que eu gostaria de saber. Se assim for, como somos pela verdade, tal como o meu «assassinado» (acidentado) filho, vão ter que executar, ’acidentar’, muitos, a começar por mim», refere o post que o Asemanaonline publicou na rúbrica «Escreva-nos»(https://asemana.publ.cv/ecrire/?exec=article&id_article=137843).