ONU preocupada com violência em prisões que causou 36 mortos nas Honduras
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos expressou este domingo preocupação com os episódios de violência registados nos últimos dias em duas prisões em Honduras, que resultaram em 36 mortes.
O alto comissariado da ONU instou o Estado a respeitar os direitos dos presos e indicou que "está seriamente preocupado com os eventos que ocorreram nos últimos dias em diferentes centros penais do país que resultaram no luto de várias famílias hondurenhas".
Pelo menos 18 prisioneiros morreram este domingo numa prisão nas Honduras num confronto entre gangues rivais, o mesmo número de vítimas mortais registado num tiroteio numa outra cadeia na sexta-feira.
O massacre, o segundo em 48 horas numa prisão no país e cujas causas ainda são desconhecidas, ocorreu apesar de ter sido declarado o estado de emergência nacional no sistema prisional.
Composto por cerca de 30 prisões, o sistema penitenciário abriga cerca de 22 mil presos, quando a sua capacidade máxima é de oito mil, sendo que menos de metade dos prisioneiros foram condenados.
Os prisioneiros nas Honduras são considerados uma "bomba-relógio" devido à superlotação das cadeias e a problemas de infraestruturas onde vários prisioneiros se encontram em detenção preventiva.