Jorge Santos destaca a importância de criar todas as condições necessárias para garantir o sucesso do programa nos 13 países abrangidos, que conta com um financiamento de 59 milhões de euros por parte da União Europeia.

“Temos uma região de pesca muito importante, mas dentro dessa região concentram as maiores riquezas do Atlântico em termos de riquezas haliêuticas. Mas também é nesta nossa região que é um dos focos da pesca ilegal e não declarada do nosso Oceano Atlântico. Por isso, esse programa vai nos ajudar a lidar com essa questão. Como ter programas consistentes de monitoramento e fiscalização da pesca ilegal? Como criar condições para estudarmos os nossos estoques pesqueiros? Como definir a forma de regular e defender e também preservar as nossas espécies ameaçadas? É tudo isto que nós vamos fazer”, aponta.

O WASOP visa reforçar a governação dos oceanos, promover investimentos sustentáveis e restaurar ecossistemas marinhos e costeiros na África Ocidental. A iniciativa é implementada por várias entidades internacionais, incluindo a Expertise France, representado no evento pelo diretor-geral Jérémie Pellet.

O responsável recorda que a economia azul representa atualmente 12 milhões de empregos na África Ocidental, com o potencial de atingir, dentro de alguns anos, os 20 milhões de empregos.

“E sabemos bem como é crucial oferecer perspetivas de emprego e de futuro a toda a juventude do continente africano, especialmente na África Ocidental. Este crescimento, esta ligação económica, deve ser construída de forma a que os parceiros financeiros e os parceiros que apoiam as políticas públicas de desenvolvimento da economia azul disponham de uma visão estruturada, de uma estratégia para essa economia. Que tenham exemplos, que sejam acompanhados, formados, que partilhem experiências. Já o fizemos, já trabalhámos com a CEDEAO na implementação da estratégia climática da organização há alguns anos. É essa ambição que queremos agora concretizar na África Ocidental ao nível da economia azul”, refere.