Grécia em choque continua a braços com incêndios
Sem tréguas, o dispositivo grego de combate a incêndios continua a debater-se com várias frentes. Nas estâncias balneares de Mati e Rafina, a leste de Atenas, as chamas fizeram pelo menos 79 mortos. O último balanço aponta para 187 feridos.
Os bombeiros e demais socorristas continuavam esta quarta-feira a percorrer os destroços calcinados de automóveis e casas em busca de vítimas nos arredores de Mati e Rafina, quase 48 horas depois de um incêndio que a imprensa grega descreve como “tragédia nacional”.
O desastre deu-se na tarde de segunda-feira, quando um incêndio
deflagrado no monte Pendeli alastrou rapidamente à estância balnear de
Mati, a cerca de 40 quilómetros a leste da capital grega. Tomados pelo
pânico, moradores e turistas – famílias inteiras - fugiram em direção à
praia. Muitos foram apanhados pelas chamas no interior dos automóveis.
Outros morreram afogados.
Mais de 700 pessoas foram resgatadas e transportadas até ao porto de Rafina por navios militares ou embarcações privadas.
Há ainda frentes ativas em solo grego. Pelo que as operações de combate
aos incêndios decorrem a par dos cuidados com aqueles que sobreviveram.
Em Rafina, também na região de Ática, a enviada especial da RTP Soraia
Ramos visitou um hospital de campanha, entretanto transformado em centro
de recolha para receber donativos, e pôde testemunhar as necessidades
da população.
A prioridade, explicou a jornalista esta manhã, em direto para o Bom Dia Portugal, recai na procura de pessoas dadas como desaparecidas.