Correios de Cabo Verde: Clima em polvoroso por causa do nível atribuído a recém-contratados

O clima laboral nos Correios de Cabo Verde (CCV) está em polvoroso por causa de funcionários recém-contratados. Um grupo de sete trabalhadores contesta, num abaixo-assinado remetido ao Conselho da Administração presidido por Cipriano Carvalho, o recrutamento feito, exigindo esclarecimentos por qual motivo os contratados entraram com uma categoria superior à dos quadros encontrados na empresa e que possuem licenciatura, informática e experiência profissional.

«Nós, abaixo assinados, todos funcionários dos correios de Cabo verde indignados com o contrato feito a novos funcionários, vimos pelo presente manifestar e expor a nossa contrariedade e exigir que sejam tomadas as medidas necessárias para que o Padrão dos serviços seja elevado a nível minimamente aceitável. Conclamamos desde já ao Conselho da Administração a tomar as providências cabíveis», lê-se no documento remetido ao Asemanaonline.

Os subscritores do documento fazem questão de advertir a gerência da empresa pública dos Corrreios que todos eles têm o 12º ano da escolaridade e outros possuem licenciatura, carta de condução, cursos informáticos e experiência profissional. « Nós estamos, na maioria, no centro de tratamento de Achada Grande , que é alavanca dos correios . Recebemos milhares de carta, encomenda compra on-line (e-comerce), E M S, entre outros serviços prestados. Tratamos esses serviços com empenho, rapidez e eficácia. Tudo para garantir um bom funcionamento dos serviços postais e a satisfação dos clientes».

Fundamentam os subscritores da exposição que todos os dias reutilizam rótulos e papéis, poupando assim o máximo possível para diminuir as despesas dos correios. Isto graças ao forte desempenho deles, em que atingem constantemente 100% de eficácia nos serviços de EMSs. Acrescentam que lutam constantemente para que todos os objetos sejam descarregados no evento EMF (entrega final) para que o nível dos direitos terminais sejam maiores.

«Mesmo cansados saímos das nossas agência para ajudar outras agências a melhorar os seus serviços, sem receber nada em troca. São por esses motivos vimos mui respeitosamente pedir ao Presidente do Conselho da Administração que nos esclareça por qual motivo que os recém funcionários foram contratados com uma categoria superior à nossa. Todos nós possuímos 12º ano, licenciatura, curso informática, vários anos de experiência e muito mais, mas fomos ignorados», lê-se no abaixo-assinado referido.

Se for por causa de eles estarem no atendimento, perguntam porque o CA dos Correios não abre um concurso público para que os quadros ignorados possam candidatar-se ao sector em causa.

Mas os protestos dos homens dos correios não ficam por aí. Alegam que estão a agir em conformidade com a lei, alertando que não podem ser descriminados conforme repudia a alínea a) do artigo 15º do Código Laboral em vigor no país: «1. A igualdade no trabalho compreende, nomeadamente: a) O direito a não ser preterido, prejudicado ou de outro modo discriminado no acesso ao trabalho, na fixação das condições de trabalho, na remuneração do trabalho, na suspensão ou extinção da relação de trabalho ou em qualquer outra situação jurídica laboral em razão do sexo, cor da pele, origem social, religião, convicções políticas ou ideológicas, filiação sindical ou outro motivo discriminatório», conclui o abaixo-assinado referido remetido ao CA dos Correios de Cabo Verde.


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