Mais um caso grave de burla na Praia:Tribunal decreta prisão preventiva ao acusado de seis crimes de identidade e vários documentos falsos com prejuízos para bancos e pessoas
O Tribunal da Comarca da Praia acaba de decretar prisão preventiva a um cidadão, suspeito de estar envolvido em mais um caso grave de burla registado na capital cabo-verdiana. O suposto burlador, detido fora do flagrante delito, é acusado de seis crimes de identidade e vários documentos falsos, causando prejuízos financeiros a dezenas de vítimas residentes na Praia, Assomada, Santa Cruz e Boavista, bem como aos bancos comerciais que operam em Cabo Verde.
Conforme descreve a Polícia Judiciária, a captura do referido cidadão resultou, através da Secção Central de Investigação de Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira – SCICEF – em cumprimento de um mandado do Ministério Público. A PJ precisa que foi, na terça-feira, 31, que deteve o citado cidadão, fora de flagrante delito, na cidade da Praia. Diz tratar-se de « um indivíduo do sexo masculino, natural da ilha do Fogo, suspeito de vários crimes de falsificação de documentos, designadamente certidões de nascimentos, bilhetes de Identidade, passaportes e extratos bancário, seis crimes de assunção de identidade falsa e vários crimes de uso de documentos falsos».
Para a obtenção das identidades dos ofendidos, o suspeito vinha, desde 2013, apresentando-se em várias esquadras da Polícia Nacional, onde declarava o extravio do seu Bilhete de Identidade e requeria uma certidão para efeito de pedido de emissão de BI. « Posteriormente, munido desta declaração e de uma certidão de nascimento dos ofendidos, solicitava, junto dos Serviços de Identificação Civil, a emissão da segunda via do B.I., contendo os dados de identificação dos ofendidos mas com a introdução da sua fotografia e assinava com o próprio punho o nome dos ofendidos», diz em comunicado a polícia científica.
A fazer fé na mesma fonte, o suspeito fazia dessa atividade criminosa o seu modo de vida, « tendo causado prejuízos financeiras a dezenas de vítimas residentes na Praia, Assomada, Santa Cruz e Boavista, e também aos bancos comerciais que, muitas vezes, face às reclamações dos clientes, eram obrigados a repor o dinheiro nas respetivas contas».
Segundo a PJ, o detido foi presente, esta quarta-feira, 01, às autoridades judiciárias competentes para efeito do primeiro interrogatório judicial de arguido detido e aplicação de medidas de coação pessoal, «tendo-lhe sido aplicado a Prisão Preventiva».