Bravenses voltam a reclamar da escala de navio que “não favorece e nem satisfaz” a sociedade
Em declarações à Inforpress, Jorge Vieira, um bravense, questionou o porquê dessas mudanças, tendo em conta que já é do conhecimento de qualquer empresa, instituição e Governo de que o único meio de saída e entrada para a Brava é via marítima e com a ausência do navio Liberdadi que, segundo informações se encontra na doca, a ligação é suportada pelo navio Dona Tututa, mas numa escala “insatisfatória”.
É que segundo Jorge Vieira, de acordo com a escala elaborada e partilhada publicamente pela CV InterIlhas, o navio sai da cidade da Praia na segunda-feira de madrugada, chega na Brava logo de manhã e regressa ao porto de origem no mesmo dia, mas só haverá a próxima viagem para a Brava na sexta-feira e sábado.
Ou seja, conforme analisou, uma pessoa que sai da Brava para uma consulta ou realização de um exame na ilha do Fogo, é obrigada aguardar a próxima viagem para a ilha Brava que só será possível na sexta-feira, o que vai acarretar a outros problemas, como a estadia, alimentação, entre outros constrangimentos.
Não obstante a isso, lançou uma visão para os sectores económicos e do turismo, que na sua opinião vão continuar a regredir, pois haverá ruptura de stock nas lojas, não haverá grande movimentação a nível do turismo na ilha, o que vai contribuir cada vez mais para o desânimo destes investidores e consequentemente até o encerramento das portas por falta de sustentabilidade do negócio.
Neste mesmo sentido, este bravense reforçou que já é hora de o Governo exigir uma resposta da CV InterIlhas e tomar alguma medida diante desta situação.
Igualmente, António Pina, bravense e um investidor em diversas áreas na Brava realçou que primeiramente é preciso compreender a CV InterIlhas, justificando que esta é uma empresa que até ainda ninguém conseguiu entender.
Quanto à situação das ligações de e para a Brava, sublinhou que já não se sabe o que se pode fazer, porque a cada dia a situação só piora e o Governo não está a fazer nada para que haja alguma mudança.
No seu caso, evidenciou que acreditou na dita “mudança e melhoria” para o sector dos transportes e fez um grande investimento turístico que agora encontra-se “estagnado” devido à irregularidade das viagens e de uma escala sem previsibilidade.
A mesma fonte alertou também para a situação dos bravenses que necessitam de deslocar à ilha do Fogo para uma consulta ou exames, caso viajarem na segunda-feira só terão a oportunidade de regressar na sexta-feira, perdendo assim os outros dias úteis por causa da falta de viagens de ligação Fogo – Brave e dos outros constrangimentos que esta estadia e alteração pode originar.
Todos os bravenses, sejam eles simples cidadãos, investidores económicos, turísticos ou de outros sectores estão a clamar por uma mudança de cenário, pois é uma situação que já está a causar um “certo desgaste” na população bravense.
Ainda, de acordo com a nova escala a que a Inforpress teve acesso, que nesse caso vai funcionar de 22 a 29 de Janeiro, estão agendadas duas viagens somente para a Brava com o percurso Praia – Fogo – Brava e vice-versa na segunda-feira e na sexta-feira.
Além da escala, é de realçar que o navio Dona Tututa enfrenta várias dificuldades para atracar no cais da Furna, visto que a rampa do navio é mais baixa do que a que existe no cais, que foi adaptado para receber os navios Kriola e Liberdadi, tendo que colocar a sua rampa em cima do cais de forma a permitir saída e entrada de viaturas para carga de descarga. A Semana com Inforpress