Cohen implica Trump. Ex-advogado do Presidente dá-se como culpado

A Presidência de Donald Trump está a lidar com as ondas de choque de dois abalos judiciais. Quase em simultâneo, Michael Cohen, ex-advogado do Presidente dos Estados Unidos, e o antigo diretor da campanha presidencial Paul Manafort foram dados como responsáveis por crimes de fraude bancária e fiscal. O primeiro deu-se como culpado e testemunhou ter sido instruído pelo magnata a “cometer um crime”.

Diante de um juiz federal de Manhattan, Michael Cohen declarou-se culpado de oito acusações de crimes de fraudes fiscal e bancária e de violação da legislação que enquadra o financiamento das campanhas eleitorais.

O jurista admitiu ter pago 130 mil e 150 mil dólares a duas mulheres - a atriz de filmes para adultos Stormy Daniels e a antiga modelo da Playboy Karen McDougal – que afirmam ter mantido relações com Trump nos anos de 2000. E isto “a pedido do candidato”, por forma a evitar a propagação de notícias “que poderiam comportar prejuízos”. Alegações que o Presidente norte-americano tem repetidamente negado.

Lanny Davis, o advogado de Cohen, afiançou, em comunicado, que o constituinte está empenhado em “dizer a verdade sobre Donald Trump”, tendo “testemunhado sob juramento” que o - à data dos factos - candidato à Presidência “pediu que cometesse um crime”.

“Se estes pagamentos constituem um crime para Michael Cohen, por que razão não constituem um crime para Donald Trump?”, questionou-se o mesmo advogado.

À saída do tribunal em Nova Iorque, o procurador federal Robert Khuzami descreveu como “muito graves” as acusações que pendem sobre o ex-advogado de Donald Trump, dado que “refletem um modo de funcionamento feito de mentiras e desonestidade, durante muito tempo”.

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