Menina levada por falso ‘tio’ foi encontrada 11 horas depois — Raptor luso-caboverdiano detido

O alerta de desaparecimento chegou-nos através dos ‘social-media’. O ‘post’ mostrava a foto duma menina que parecia não ter mais de cinco anos. O texto no entanto dizia que a menina tem sete anos. Desapareceu às seis e tal, quase noite, de sábado quando, com os dois primos, de 7 e 9 anos, brincava num parque, em Amora-Seixal, na Grande Lisboa.

“Um senhor levou a Diana”, disseram os primos. A mãe entrara em casa com o bebé para lhe mudar a fralda e deixou a menina a brincar com os primos, no parque infantil que estava cheio de gente nessa quase noite de sábado.

“Sou teu tio. Vamos lá ver outro tio”

Terão sido estas palavras a convencer a menina a acompanhar um estranho. Em segundos, os primos deixaram de a ver.

Um familiar, Leo Soares, padrinho da menina, falou à comunicação social: "Ele disse que era "tio", que conhecia o pai dela e ela deixou-se enganar. Por mais inteligente que seja uma criança, é fácil um adulto enganá-la", lamentou.

“Aparentemente ela está bem, já voltou do hospital onde lhe foram fazer exames”, relatou esse familiar, padrinho da vítima, à comunicação social.

“Ela contou que esse senhor a levou para uma casa e disse-lhe que era para não gritar, senão fazia-lhe mal”, disse a mesma fonte familiar.

Às perguntas da reportagem da TVI, esclareceu que "decerto a polícia tem mais pormenores".

"Senhor, ajuda-me"

Foi às cinco horas da madrugada de domingo, umas onze horas após o rapto, que a menina foi socorrida. Ela surgiu junto dum estabelecimento a meio caminho entre o parque infantil e o local, de casas inacabadas, onde o raptor a terá mantido. O senhor Mendes contou que viu chegar uma criança que lhe disse: "Senhor, ajuda-me".

"Ela disse-me que um senhor a tinha enganado que era tio dela", contou o sr. Mendes à reportagem da SIC.

Apesar de tudo que ainda não se sabe, o facto de ela estar viva é um desfecho feliz. Afinal, não é habitual a vítima dum rapto ser reencontrada com vida.

Cidadão ajuda na captura do raptor luso-caboverdiano

Esta terça-feira o cidadão Vítor Silva seguia com o pai para o trabalho quando de súbito avistou o indivíduo que deixou a freguesia da Amora em polvorosa. «Eu disse logo ao meu pai ’Olha o gajo’», como contou à reportagem da SIC. Telefonou logo à polícia que em pouco tempo chegou ao local.

As televisões mostram o raptor a ser detido pela polícia, quase três dias depois de ter, ainda na manhã de domingo, sido identificado como um indivíduo que frequenta um café próximo ao parque. "A dona do café disse que o costuma ver, sempre bêbado".

Identificado como "cabo-verdiano, também em noticiários em Cabo Verde, que retomam o tom dos órgãos de comunicação social em Portugal, o indivíduo, de 39 anos, segundo fontes nos ’social-media’, é luso-cabo-verdiano.

Fontes: TVI/outras referidas.


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