Dezoito mortos encontrados em Hokkaido após sismo de 6,6
"Há ainda muitas pessoas soterradas, trabalhamos sem cessar mas os
esforços de resgate são difíceis", comentou à televisão nacional NHK um
dos militares da Força de Autodefesa envolvidos nas operações, que
envolvem também escavadoras e cães.
"Vamos fazer os possíveis para os encontrar rapidamente", acrescentou o militar.
"A minha família está ainda enterrada na lama, não dormi a noite toda.
Também houve muitos tremores, por isso foi uma noite agitada",
testemunhou uma sobrevivente à NHK.
À espera de chuvas
As réplicas do sismo têm complicado buscas e salvamentos e são ainda esperadas chuvas que poderão provocar novas derrocadas.
"Peço-vos que estejam atentos", apelou o primeiro ministro Shinzo Abe. Cerca de 22.000 homens da Força de Autodefesa e 75 helicópteros estão já
em Hokkaido, ajudando os residentes a regressarem lentamente à
normalidade.
Eletricidade regressa
O ministro da Industria, Hiroshige Seko, avisou que "irá levar uma
semana" até que a maior central possa recomeçar a produzir energia e
pediu aos comerciantes para poupar no consumo e "aos membros de uma
família para permanecer juntos numa única divisão".
Os hospitais têm estado a ser alimentados através de geradores.
Os transportes estão igualmente a regressar lentamente a normalidade. O
aeroporto reabriu, apesar de tráfego se manter irregular e o comboio de
alta velocidade Shinkasen recomeçou a circular.
O sismo foi a mais recente catástrofe a atingir o Japão, num verão
marcado por inundações no início de julho a que se seguiu uma vaga de
calor e o pior tufão em 25 anos, que atingiu Hosaka no início desta
semana.