Novo ano lectivo arranca com cerca de 130 mil alunos e falta de livros no mercado
Esta informação foi avançada hoje, 13, pela directora nacional da Educação (DNE), Sofia Figueiredo, em conferência de imprensa promovida na Cidade da Praia. Durante o encontro, informou ainda que dados provisórios do Ministério da Educação prevêem um aumento de efectivos nos concelhos da Praia, Sal e Boa Vista.
De acordo com Sofia Figueiredo citada pela Inforpress, no que concerne o número de professores a lecionar neste ano lectivo, 1.500 estarão no pré-escolar para atender 16.290 crianças, 3.245 no Ensino Básico Obrigatório (EBO) para a cobertura a 84.661 alunos e 1.843 no Ensino Secundário (ES) para 27.816 estudantes.
“Para o Ministério da Educação o ano lectivo que ora se inicia será um ano de consolidação e de implementação do Projecto Educativo, garantindo e ampliando os ganhos já conseguidos, com destaque para o alargamento da gratuitidade do acesso e frequência dos estudantes a todo o ciclo do EBO, ou seja, do 1ª a 8º ano de escolaridade”, disse.
Esta medida, segundo a DNE, vai abranger neste ano lectivo cerca de 22 mil crianças, sendo que 10 mil estão no 8º ano e 12 mil no 7º ano de escolaridade.
Ainda no que respeita a ganhos para o ano lectivo 2018/2019, Sofia Figueiredo, referiu-se à consolidação do processo de gestão a nível dos agrupamentos, que será centrada na coordenação e gestão pedagógica das estruturas escolares.
Sistema para crianças com necessidades especiais e outras novidades
Como novidade para este ano lectivo, avançou que o ministério vai focar no processo de implementação do regulamento que define as condições de gratuitidade da frequência das pessoas com deficiência ao estabelecimento do ensino público e privado, do pré-escolar ao ensino superior, aprovado em Agosto.
“Estaremos a implementar um sistema de sinalização das crianças com necessidades educativas especiais de acordo com parâmetros internacionais, através da criação de procedimentos bem definidos, e que contribuirão para a melhoria dos serviços que vêm sendo prestado aos alunos com necessidades educativas especiais”, realçou.
Sofia Figueiredo, destacou, ainda, que para este ano lectivo a implementação do Projecto Educativo e da nova matriz curricular é um processo “progressivo” em que os materiais didáticos do 1º e 5º ano serão conciliados em manuais e disponibilizados pelas papelarias e livrarias.
Para o 2º e 6º ano, informou que vai haver novos cadernos experimentais que serão disponibilizados pelas delegações e escolas a custo de produção.
Sublinhou, por outro lado, que neste processo de novo ano foram introduzidos, para a língua portuguesa e matemática, novos materiais no 5º ano de escolaridade para colmatar as deficiências e reforçar o processo de ensino/aprendizagem nestas áreas.
Os materiais destinados ao 3º, 4º, 7º e 8º ano de escolaridades, segundo a DNE, já estão disponíveis nas livrarias, mas boa para de novos materiais didáticos, incluindo os do 1º e 5º anos, estarão disponíveis no mercado até finais de Setembro.
“Temos trabalhado no sentido de tornar o sistema educativo cada vez mais educativo, centrado no aluno, visando sempre a melhoria dos resultados do processo ensino/aprendizagem do aluno que é o nosso maior objectivo em todo este processo”, asseverou.
Falta de professores e livros no mercado
Questionado se o número de professores é suficiente para que os alunos não iniciem o ano com problemas, o DGPOG, José Manuel Marques, salientou que tudo foi trabalhado para que não haja situações em que os “alunos não tenham professores na sala de aulas”.
Segundo José Manuel Marques, a projecção aponta para uma necessidade ainda de 296 professores.
“Até ao dia 12 foram já colocados 96 docentes, sendo que os que estão em falta serão escolhidos por concurso. No entanto, prometemos que em Outubro tudo estará resolvido”, concluiu.
Precavendo-se das reclamações por parte dos alunos, pais e encarregados de educação sobre falta de livros nas livrarias, o presidente da Fundação Cabo-verdiana de Acão Social e Escolar (FICASE), Albertino Fernandes, garantiu que os livros existentes já estão disponíveis para as livrarias poderem comprar e revender, refere Inforpress.