Nicolás Maduro pede aos EUA que não ataquem a sua família com sanções
"Vocês querem atacar-me, ataquem-me a mim, mas não se metam com a
(minha) família. Como não podem com (Nicolás) Maduro, vão se meter com
Cília (Flores, a sua mulher), mas tão pouco poderão com a Cília", disse.
O primeiro mandatário venezuelano reagia ao anúncio de hoje, de novas
sanções do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos da América (EUA)
contra quatro pessoas do seu Governo, entre elas Cília Adela Flores de
Maduro.
Nicolás Maduro frisou ainda, num encontro com colombianos radicados na
Venezuela, que as novas sanções são "inúteis e ilegais" e que o "único
delito" de Cília Flores é o de ser a sua mulher.
"Hoje, o Governo dos EUA, lançou um decreto, nada mais e nada menos, que
contra a primeira dama da Venezuela (...) Estou rodeado de sancionados.
Obrigado, Donald Trump, por rodear-me de dignidade. Isso é uma medalha,
aqui. Cada sanção é uma condecoração para os revolucionários", disse.
Os Estados Unidos impuseram hoje sanções financeiras contra várias
figuras muito próximas do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro,
incluindo a própria mulher do chefe de Estado venezuelano.
As sanções anunciadas hoje pelo Departamento do Tesouro norte-americano
(equivalente ao Ministério das Finanças) visam quatro pessoas, incluindo
a vice-Presidente venezuelana, Delcy Rodriguez.
O ministro da Comunicação e Informação venezuelano e ex-presidente da
Câmara de Caracas, Jorge Rodríguez, e o ministro da Defesa venezuelano,
Vladimir Padrino Lopez, são os restantes elementos visados por estas
novas sanções financeiras norte-americanas.
O próprio Nicolás Maduro consta da lista das sanções financeiras norte-americanas desde o verão de 2017.
De acordo com os termos das sanções, todos os bens destas figuras em
território norte-americano passam a estar congelados e qualquer cidadão
norte-americano está proibido de realizar negócios com estes
responsáveis.
"O Presidente Maduro apoia-se no seu círculo mais próximo para manter a
sua mão no poder, enquanto o seu regime está a saquear sistematicamente o
que resta da riqueza da Venezuela", afirmou o secretário do Tesouro
norte-americano, Steven Mnuchin, citado num comunicado.