Cabo Verde continua com vigilância activa dos casos de covid-19 através das estruturas de saúde – Governo
O Governo de Cabo Verde assegurou hoje que o País continua com
vigilância activa dos casos de covid-19 e que as medidas preventivas
continuam a prevalecer, apesar da declaração da OMS sobre o fim desta
pandemia.
Estas declarações foram feitas hoje pela ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, numa declaração pública do Governo em decorrência da declaração sobre o fim da emergência sanitária internacional da covid-19, a 05 de Maio, pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A governante lembrou que Cabo Verde tem conseguido conter e suportar as consequências desta pandemia graças ao reforço dos recursos humanos pelo Sistema Nacional da Saúde, mais capacidade de diagnóstico, capacidade de organização e resiliência interna aliada à ajuda da cooperação internacional.
Reconheceu que, nas últimas semanas, o País tem estado a registar um aumento do número de casos da covid-19, apesar de um período de longos meses com registo de números inferiores a 10 casos por dia, sublinhando que medidas sanitárias, como a alta taxa de vacinação, vigilância activa dos casos, comunicação de risco entre outros, vão continuar a prevalecer.
Segundo informou, actualmente o País tem uma taxa de vacinação na população adulta elegível de 86,5 por cento (%) com a segunda dose, 39,3% com a dose de reforço, 75,8% dos adolescentes completamente vacinados e 43,6 % de crianças entre cinco a 11 anos estão vacinados com a segunda dose.
“Continua a vigilância activa dos casos e o seguimento da situação pelas estruturas de saúde do País, continuam as campanhas de vacinação contra a covid-19 para toda a população a partir dos cinco anos de idade, a vigilância laboratorial para a sequenciação genómica para identificação das variantes”, assegurou a governante.
Filomena Gonçalves agradeceu a todos os profissionais de saúde que se entregaram de corpo e alma salvando vidas, dando esperança e confiança a todos, tendo apelado a todos os cabo-verdianos no País e na diáspora, bem como a todos os profissionais que continuem nesta árdua tarefa de combate à doença em benefício de todos.
Por seu lado, o primeiro-ministro, na impossibilidade de estar presente, deixou uma mensagem na qual considerou a declaração do fim da pandemia da covid-19 pela OMS, como emergência sanitária, como um momento marcante para a humanidade.
“Foi extraordinária a capacidade de resposta em tempo útil e com qualidade, uma palavra de apreço à nossa diáspora cujas remessas, em plena crise, atingiram 18% do PIB, em 2022, a solidariedade foi marcante”, declarou.
O momento, vincou, é de reforço da confiança em Cabo Verde e nas suas capacidades. Segundo Ulisses Correia e Silva, foi feito um bom combate, que irá continuar a ser feito, em prol do desenvolvimento sustentável de Cabo Verde.
Por seu lado, o representante da OMS em Cabo Verde, Daniel Kertezs, lembrou que, apesar da pandemia da covid-19 não constituir mais uma emergência de saúde pública, ela não terminou e veio para ficar.
“O fim de emergência significa que devemos agora gerir a covid-19 como gerimos outras doenças infecciosas, isto significa desenvolver estratégias de longo prazo para combater a covid-19 e reforçar os nossos sistemas de saúde”, considerou, tendo apelado aos países a não baixarem a guarda tendo em conta que esta pandemia ainda continuará por muito tempo.
A vacinas, lembrou, são a melhor forma de prevenir a hospitalização e a morte por covid-19, daí que pediu a continuidade no investimento nos profissionais de saúde para manter forte o Sistema Nacional de Saúde porque, alertou, haverá mais pandemias e só com um sistema forte é que será possível dar melhores respostas.
Inforpress