Governo tem trabalho centrado na resolução dos problemas que afetam as famílias, ministro

Fernando Elísio Freire fez essa afirmação em declarações à imprensa, à margem do workshop de reflexão sob o tema: “Família e os desafios da parentalidade” realizado, esta manhã, na Escola de Hotelaria e Turismo, com o objectivo de debater a maternidade e a paternidade responsáveis.

“É importante fazer reflexão sobre a família e o tema deste ano é relevante por ser o grande problema das nossas famílias e do País. Em Cabo Verde, grande parte da família tem uma mãe e um filho, pelo que temos de fazer políticas que chegam a estas famílias, a vários níveis, apesar do quadro difícil que nos foi imposto pela covid-19 e agora com a guerra”, sustentou.

Neste âmbito, acrescentou que o Governo tem estado a trabalhar nas várias áreas em que a família tem de ter dignidade, como no caso de rendimento e habitação, na cultivação do relacionamento de boa vizinhança e capital social, apontando ainda a licença de maternidade e paternidade como exemplos de boa decisão do executivo.

“Na questão de inflação o esforço do Governo é enorme e nós, para estabelecermos os preços dos produtos petrolíferos, que alimentam a produção de energia e água, destinamos cinco milhões de contos e para estabelecermos os produtos alimentares da primeira necessidade foram destinados três milhões de contos”, disse.

Ressaltou ainda que ao todo foram oito milhões de contos do esforço do Governo para estabilizar os preços e permitir que não houvesse aumento, mesmo com aumento da inflação no exterior.

Referiu que todas as previsões apontam que já em 2023/2024 a tendência é para a baixa da inflação, mas reconheceu a existência de dificuldades que, no seu entender, poderiam ser maiores caso o Governo não tivesse intervindo a tempo para ajudar as famílias mais vulneráveis.

“Daquilo que temos feito mesmo com os impactos das crises, em que o País foi vítima, importa dizer que o rendimento ‘per capita’ passou de 3.210 dólares para 3.630 dólares, a massa salarial entre os sectores público e privado passou de 39,9 milhões de contos em 2013 para 50 milhões de contos e a massa salarial em administração pública passou de 16 milhões de contos em 2015 para 20,1 milhões de contos em 2019”, informou.

A Directora-Geral da Inclusão Social, Ednalva Cardoso, disse que todos os actores sociais foram chamados para discutir as problemáticas que as famílias cabo-verdianas vêem enfrentando, particularmente, no contexto actual.

“Temos algumas dificuldades e famílias em dificuldades, mas o nosso objectivo é traçar políticas para resolver questões prementes como a da alimentação”, disse, avançado que muitas famílias têm a direcção da inclusão social para o efeito de empoderamento através do rendimento.

Avançou que já foram beneficiadas, até agora, cerca de 33 mil famílias com rendimento social de inclusão, ressaltando que o objectivo da instituição é continuar a reforçar nesse campo, com uma mais valia, ou seja, através da inclusão produtiva.

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