Ministra das Infra-estruturas diz que é falso que tenha sido gasto mais de um milhão de contos no Mercado do Coco
A governante, que respondia aos deputados na sessão de perguntas ao Governo, na tarde desta quarta-feira, no Parlamento, esclareceu que o seu ministério tem três contratos-programa com a Câmara Municipal da Praia, totalizando 664 mil contos, sendo um dos projectos o Mercado do Coco, no valor de 350 mil contos, em que foi desembolsado o adiantamento.
“Há uma narrativa que tem sido propalada que é de que o Mercado do Coco já gastou mais de um milhão de contos. isto é falso e estamos em condições de provar. Os 350 mil contos que são contabilizados como sendo gasto não é verdade. Os 350 mil contos são do contrato-programa por realizar que está na Câmara, mas há um silêncio em relação ao contrato programa real”, disse.
Eunice Silva frisou que até já foi dito publicamente pelo presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, que a infra-estrutura vai ser demolida para construir um novo mercado, mas lembrou que a verdade é que há um contrato-programa para concluir.
Questionada pela deputada Adélsia Almeida, do PAICV, se considera viável continuar a investir no Mercado do Coco, mesmo depois de toda derrapagem financeira e todo tempo levado para sua construção, a ministra, alegando falta de tempo para responder, pediu aos deputados que criem as condições para um debate sobre a infra-estrutura.
Durante a sessão das perguntas dos deputados ao Governo, a ministra que responde pela pasta de Habitação, foi questionada e explicou o porquê de o projecto de construção das habitações de interesse social não ter avançado na cidade da Praia à semelhança de São Vicente e de São Nicolau.
Eunice Silva explicou que face ao conflito sobre titularidade da posse de terreno entre a IFH a Câmara Municipal, o Governo decidiu recuar na construção nos locais inicialmente identificados, designadamente Achada São Filipe e Palmarejo Grande
Contudo, adiantou que o Governo não desistiu do projecto, porque, disse, a Praia precisa de habitação, já que é dos locais com mais déficit habitacional tanto qualitativo como quantitativo, e pediu o apoio dos deputados do PAICV no sentido de convencer a Câmara Municipal a disponibilizar terreno para se avançar com a construção das 236 casas sociais.
“Se conseguirmos, brevemente estaremos a construir as habitações para a Praia, mas eu acredito que os senhores deputados do PAICV, sabendo esta que é verdade, podem junto da Câmara Municipal ajudar-nos a conseguir terreno para a gente construir as habitações na Praia”, disse.
Asemana com Inforpress