BAD financia em 14 ME segunda fase de Parque Tecnológico de Cabo Verde

A primeira fase do Parque Tecnológico contemplou a construção física, já concluída, num valor de 36 milhões de euros, sendo 31 milhões do BAD e cinco milhões do Governo de Cabo Verde.

Segundo o presidente da instituição, Carlos Monteiro, os 14 milhões de euros serão para equipar os dois Data Center e outras áreas, mas também adquirir mobiliários, fazer instalação de parques para energias renováveis, construção de espaços verdes e capacitar recursos humanos para trabalhar na infraestrutura.

De acordo com o mesmo responsável, o parque já iniciou as suas operações, recebendo toda a equipa da administração, que já assinou contratos com 15 empresas para ali começar a operar.

Quanto à inauguração, Carlos Monteiro disse que deverá acontecer entre finais deste ano e inícios do próximo, referindo que até lá o arranque vai ser paulatino.

O Parque Tecnológico é um dos importantes projetos que curso em Cabo Verde e representa um dos “pilares fundamentais” do fomento da Economia Digital, sublinhou o Executivo cabo-verdiano, numa nota de imprensa.

Edificado na zona de Achada Grande Frente, nas imediações do Aeroporto Internacional da Praia ‘Nelson Mandela’, as obras arrancaram em 2017 e a zona já ganhou outra forma e vida, com estruturas imponentes e modernas à entrada da cidade da Praia.

Com várias outras instituições ao redor, o empreendimento tem capacidade para acolher cerca de 30 empresas, desde o setor público ao privado, ligadas às tecnologias de informação.

Em entrevista à Lusa em junho, o presidente disse que se está a preparar um “grande evento” de inauguração, com convidados e parceiros nacionais e internacionais, entre eles, prevê-se a presença do presidente do BAD, Akinwumi Adesina.

O projeto total é de 50 milhões de euros de investimento, mas projetou que poderá atingir aos 70 milhões assim que tudo estiver pronto, nos próximos anos.

O Parque Tecnológico enquadra-se na Estratégia Digital de Cabo Verde, que tem como um dos três eixos de atuação a expansão da infraestrutura de conectividade, melhoria da capacitação e a disponibilização de serviços digitais através do mercado regional.

“O Parque Tecnológico é tido, neste processo como o local de referência e de ação de toda a Estratégia Digital, congregando interesses dos setores e potenciando as vantagens competitivas na criação do ecossistema Mercado–Empresas–Emprego-Capacitação”, ainda segundo o Governo.

A infraestrutura inclui instalações como centro de dados, centro de negócios, centro de formação e centro de incubação, centro de conferências, entre outras valências, e vai gerar cerca de 1.500 postos de trabalho, entre diretos e indiretos.

Considerado o “coração” da estratégica digital do país, tem ainda um polo em construção na ilha de São Vicente, um projeto total de 40 milhões de euros que pretende transformar o arquipélago num ‘hub’ tecnológico em África.

A parceria de Cabo Verde com o BAD, de cerca de 46 anos, tem incidido em diversos setores, particularmente no digital, e com impactos reais no país, representando um envelope financeiro de cerca de 620 milhões de euros. A Semana com Lusa

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