Sobe para seis número de mortos no Haiti em manifestações anticorrupção
O último balanço, não oficial e divulgado nos meios de comunicação social locais, apontava para dois mortos e vários feridos.
Milhares de haitianos marcharam no domingo, em várias cidades, exigindo transparência no caso Petrocaribe e a renúncia do Presidente, Jovenel Moise.
Na capital, Port-Au-Prince, a polícia disparou tiros e granadas de gás lacrimogéneo para tentar afastar os manifestantes que tentavam chegar ao Palácio Nacional.
O movimento Petrocaribe Challenge, que nasceu nas redes sociais e já organizou numerosos protestos desde agosto passado, exige que o Governo esclareça o tratamento alegadamente fraudulento dos fundos Petrocaribe, do qual o Haiti beneficia há 12 anos.
O programa foi uma iniciativa do antigo Presidente da Venezuela Huga Chavez para permitir a vários países da América Latina e das Caraíbas adquirir produtos petrolíferos a preços vantajosos e pagar as faturas no prazo de 25 anos e com uma taxa de juro de 1%.
Numa mensagem transmitida na televisão, o Presidente do Haiti, Jovenel Moise, defendeu que só "com união, paz e diálogo é possível avançar".
Já para o líder da oposição, Moise Jean Charles, a única solução é a renúncia do Presidente.
"Jovenel tem que sair, não há outra opção, ele é um obstáculo para a estabilidade e a paz. Ele e os amigos gastam milhões de dólares quando vemos milhares a morrer à fome (...) Vamos continuar as manifestações até ele sair", declarou.