Migrantes Clandestinos/Ilha do Sal: “A palavra de ordem neste momento é solidariedade para com os sobreviventes” – ministra

Filomena Gonçalves, que chegou ao Sal na manhã de hoje, acompanhada da presidente do Instituto de Medicina Legal, Ineida Sena, e da diretora Nacional da Saúde, Ângela Gomes, fez estas afirmações no cais da Palmeira, onde, às 11:40, o navio ZILLARRI, chegara com os 38 sobreviventes e sete cadáveres encontrados no alto mar numa prioga.

Neste momento a palavra de ordem é solidariedade. Nós assistimos aqui o desmarque desses sobrevivente e com uma equipa multidisciplinar que tanto nos orgulha, com todas as condições criadas para o acolhimento”, declarou a governante.

Segundo a mesma fonte, as questões migratórias são questões globais que carecem de cooperação internacional, de muita discussão e estratégia global, pelo que, frisou é necessário todas as nações se sentarem à mesa para analisar o que pode ser feito para que as vidas sejam preservadas. Contudo, de momento, salientou, todo o apoio do Governo para que os sobreviventes possam ser tratados “da melhor forma”.

Em termos sanitários temos todos de abrir os braços e acolher os vivos e enterrar condignamente os mortos. Tudo aquilo que for necessário fazer vamos fazer para que depois todas as medidas possam ser tomadas”, concluiu Filomena Gonçalves.

Depois de todos os procedimentos de emergências, o delegado de Saúde local, José Rui Moreira, confirmou que de entre os 38 náufragos, sete inspiram maiores cuidados e foram encaminhados para o Hospital Regional Ramiro Figueira, estado os restantes 31 a receber cuidados primários ali mesmo no cais da Palmeira, onde foi montada uma estrutura para o efeito.

De acordo com informações do Centro Conjunto de Coordenação de Salvamento da Guarda Costeira, na segunda-feira, 14, por volta das 08:00, o centro recebeu uma chamada telefónica e posteriormente um email do MRCC Madrid dando conta que um navio pesqueiro de nome ZILLARRI, de pavilhão espanhola tinha encontrado uma embarcação de cerca de 15 a 20 metros de comprimento com 48 pessoas a bordo, sendo que duas já cadáver.

Ainda conforme informações apuradas no local e junto das autoridades competentes, a embarcação partiu do Senegal, sendo que dos ocupantes apenas um era de nacionalidade guineense, sendo os restantes 99 senegaleses, de entre eles um criança de 12 anos e três adolescentes com idade entre os 15 e 16 anos.

Os sete corpos, conforme a presidente do Instituto de Medicina Legal, Ineida Sena, encontravam-se “em bom estado de conservação”, pelo que vão ser mantidos por enquanto em câmara fria no hospital, para questões de identificação. A Semana com Inforpress

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