Famílias cabo-verdianas vão gastar uma média de seis mil escudos para o início do ano lectivo
Os cálculos foram feitos pelas famílias entrevistadas pela Inforpress num momento em que todos fazem contas para saber como comprar os materiais escolares definidos pelas escolas como “obrigatórios” assim como os uniformes e farda para a educação física.
“É preciso fazermos contas. A vida está difícil, os bens alimentares caríssimos, mas temos de preparar os nossos filhos para iniciarem o ano lectivo sem qualquer problema”, disse à Inforpress Magda Lopes.
Segundo Magda Lopes, mesmo com o apoio do Governo no âmbito do ensino obrigatório, o que, na sua opinião, alivia as famílias, as contas no seu caso com duas crianças rondam os 10 mil escudos entre aquisição de uniforme, mochila, cadernos e livros.
Isso, conforme explicou, sem fazer conta com o transporte, dinheiro para lanche e entre outros.
Para Cláudio Fortes, é preciso saber gerir o orçamento familiar, para se conseguir comprar o material escolar, uniforme, farda para educação física e outros.
“Normalmente vou às lojas perguntar o preço e depois decido comprar onde estiver mais barato. Os chineses têm sido uma opção”, afirmou.
O regresso às aulas do pré-escolar ao ensino secundário faz movimentar, todos os anos, a procura de materiais nas livrarias, vendedeiras ambulantes e nas empresas de produção de uniformes.
Neste âmbito, em conversa com uma das lojas de venda de uniformes, Confecções Alves Monteiro, a Inforpress ficou a saber que o aumento foi de cem escudos, sendo um aumento de cinquenta escudos na camisa e cinquenta na calça.
Na livraria Diocesana, a Inforpress soube que os manuais exigidos não tiveram aumento, a não ser os cadernos e mochilas, isso dependendo do gosto e do poder económico de cada um.
Este ano lectivo, que se inicia em Setembro, ambas as empresas, a de confecções e a livraria, indicaram não haver ainda muita frequência dos compradores e nem filas.
“Até este momento a situação tem estado normal, sem aglomeração de pessoas para compra de uniformes”, disse a empregada da loja Confecções Alves Monteiro em Achada Santo António, que também ressalta que “os praienses deixam tudo para última hora”.
As vendedeiras ambulantes também reclamam pouca saída dos materiais escolares e justificam com o facto de que a vida “está difícil”.
A Semana com Inforpress