Colômbia rejeita acusações de Caracas de envolvimento em conspiração
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros, em nome do Governo da Colômbia, rejeita novamente, de forma clara e contundente, as declarações insultuosas, injuriosas e caluniosas do Governo da Venezuela, segundo as quais a Colômbia faria parte de uma conspiração imaginária para desencadear uma conflito armado entre os dois países", afirma um comunicado.
O documento, publicado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros colombiana sublinha ainda que "da mesma forma" a Colômbia "reitera o seu respeito ao direito internacional e às normas e costumes que lhe são próprias".
"Da mesma forma, insiste que, como membro da Organização de Estados Americanos e signatário da Carta Democrática Inter-americana, continuará a trabalhar, em conjunto com outros membros da comunidade democrática das nações, por meios políticos e diplomáticos, para ajudar a criar condições para assegurar que o povo irmão da Venezuela possa viver novamente em democracia e liberdade", conclui.
O Presidente, Nicolás Maduro, acusou, quarta-feira, o assessor de segurança da Casa Branca, John Bolton, de preparar, em conjunto com a Colômbia, um plano para assassiná-lo e acabar com a revolução bolivariana.
"Denuncio outra vez a conspiração que preparam desde a Casa Branca, para violentar a democracia venezuelana, para me assassinar e para impor um Governo ditatorial na Venezuela", disse, numa conferência de imprensa no palácio presidencial de Miraflores.
Segundo Nicolás Maduro, John Bolton "foi designado como chefe da conspiração contra a Venezuela, para procurar uma intervenção estrangeira e impor um conselho de governo transitório".
"O Governo da Colômbia, de Iván Duque, é cúmplice do plano de John Bolton para trazer violência ao nosso país", frisou.
Segundo o Presidente venezuelano, como parte da conspiração, o assessor de Segurança norte-americano encomendou também ao Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonoro, "provocações militares" na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela.
Por essa razão, sublinha, o futuro vice-Presidente brasileiro, Hamilton Mourão, faz constantes declarações contra a Venezuela.
Nicolas Maduro acrescentou ter informação de um alto oficial brasileiro de que no vizinho país "ninguém quer que Jair Balsonaro se envolva numa intervenção militar na Venezuela".