Bomba explode junto a cadeia de televisão grega sem causar feridos
A polícia informou que a explosão ocorreu às 02h35 (00h35 em Lisboa), à frente da sede da emissora, situada numa área costeira perto de Atenas, depois de um telefonema realizado para um site de notícias e para outra estação de televisão ter levado as autoridades a evacuarem o prédio.
Até ao momento não foi reivindicada a responsabilidade pela explosão, embora, no passado, elementos armados da extrema-esquerda e organizações anarquistas terem efetuado ataques a meios de comunicação social.
"Este foi um ataque à democracia. Felizmente, houve apenas danos materiais. É um alívio que ninguém tenha ficado ferido", disse a ministra da Ordem Pública, Olga Gerovasili, que sublinhou a célere resposta policial.
A governante adiantou que a polícia antiterrorismo está a liderar a investigação. Dezenas de investigadores da polícia recolheram provas no local da explosão.
A explosão partiu janelas e danificou a entrada principal, atingindo os escritórios localizados na parte da frente do edifício. Os prédios mais próximos e algumas viaturas também foram atingidos.
O engenho explosivo foi preso a uma barreira de metal numa movimentada estrada costeira na área de Faliro, no sul de Atenas.
A cadeia de televisão continuou a transmitir, em direto, fora do edifício, ao mesmo tempo que eram realizadas emissões de rádio de dentro do prédio.
O ataque de hoje tem algumas semelhanças com o atentado de 22 de dezembro de 2017, num prédio do tribunal no centro de Atenas. Esse ataque foi reivindicado por um grupo de extrema esquerda.
A Grécia tem uma história de ataques armados nas últimas quatro décadas, a maioria realizada por grupos radicais de extrema esquerda que começaram a surgir após uma ditadura de direita que durou sete anos, até 1974.
Os alvos são, habitualmente, bancos e embaixadas, bem como espaços ligados às autoridades policiais e judiciais.