Primeiro-ministro admite que existem focos de violência que devem ser combatidos em Cabo Verde

O PM assegura, segundo a RCV, que da parte do Governo tem sido implementadas várias ações para contornar a situação. Ulisses Correia e Silva falava a propósito dos casos de VBG e que tem vitimado várias mulheres nos últimos tempos e põe tónica no papel da família e no combate aos males sociais, como o consumo de bebidas alcoólicas.

Para Ulisses Correia e Silva os casos de assassinato, particularmente de mulheres, que têm manchado o país, merecem atuações transversais na sociedade e garante o empenho do Estado neste sentido.

É de salientar que, nas últimas semanas, tem-se registado vários casos de violência doméstica em Cabo Verde, que resultaram no assassinato de pelo menso trés mulheres - duas em Santiago e uma no Sal.


O orçamento para o ano económico de 2019, cujo montante ronda os 374.915.754$00, em que 54% vai para investimento, foi aprovado pelos deputados municipais com votos favoráveis da bancada do MpD e abstenção por parte da Onda Independente para Avanço do Maio OIAM.


Ivanira Ribeiro, líder da bancada do MpD e do partido que suporta o executivo camarário, na sua declaração de voto fundamentou que “este orçamento está focado nas pessoas e que vai empodeirar tantos os jovens como a mulheres chefes de família”, pondo tónica que o mesmo vai ajudar as pessoas, principalmente os criadores e agricultores na resolução da problemática do mau ano agrícola.


Ivanira Ribeiro advogou ainda que “este é um orçamento sensível e com cara humana”, demonstrando toda a sua confiança que o executivo camarário vai conseguir materializar todos os planos que elencou para o próximo ano.


De todo modo, admitiu que, embora para o próximo ano constem obras que transitaram de 2018, mas considerou que são
“imprescindíveis” para o desenvolvimento da ilha.


Por seu lado, o porta-voz da bancada de Onda Independente para Avanço do Maio, António Tavares, justificou que a sua bancada votou abstenção, porque mais uma vez a edilidade apresentou um orçamento de “continuidade” em que constam obras que vem sendo apresentadas consecutivamente no documento, mas que não saem do papel.


António Ramos apontou como exemplo a conclusão do estádio municipal, do centro juvenil da localidade de Morrinho, bem como a conclusão da rede de esgotos e água na vila da Calheta de entre outras obras, lembrando que “o abastecimento da água ainda tem vindo a ser feito com muitas dificuldades, não obstante um grande investimento que foi feito recentemente na ilha, no quadro do projecto WASH financiando no pelo MCA”.


Aquele porta-voz mostrou-se ainda reticente quanto à capacidade da edilidade em conseguir materializar o orçamento hora apresentado, advogando que “basta ver que no orçamento de 2018, a Câmara Municipal não consegui materializar a maioria do plano, porque houve um parceiro que não entrou com a verba que deveria entrar e isto afectou gravemente a execução orçamental”.


António Ramos disse ainda que a sua bancada deu mais uma vez o benefício de dúvida à equipa camarária, mas prometeu que vão continuar “vigilantes” para verem se a autarquia vai cumprir com as promessas que fez para com o povo maiense, mas desde já vai avisando que o mesmo documento não vai dar vazão às necessidades actuais da população maiense que está “a sofrer com uma dupla seca”.


Ainda durante os trabalhos de hoje, os deputados votaram, por unanimidade, a proposta do quadro do pessoal para o próximo ano apresentado pela edilidade.


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