Indonésia. Autoridades elevam nível de alerta do vulcão Anak Krakatoa

O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho, indicou que o alerta passou para o nível 3, o segundo mais alto numa escala de 4, e que o raio de exclusão em torno do vulcão foi estendido de dois para cinco quilómetros.

"População e turistas estão proibidos de realizar qualquer atividade num raio de cinco quilómetros" do Anak Krakatoa, disse o porta-voz em comunicado.

Por sua vez, as agências meteorológicas recomendaram a suspensão de atividades a menos de um quilómetro da costa, prevenindo a possibilidade de um novo tsunami.

As equipas de resgate operam em contrarrelógio, com pouca esperança de encontrar sobreviventes no desastre que, segundo o último balanço oficial, causou 430 mortos, 1.495 feridos e 22 mil desalojados.

Na quarta-feira, as autoridades já tinham pedido à população e aos visitantes que evitassem a costa, enquanto as erupções e as condições meteorológicas e do mar estão a ser monitorizadas para avaliar riscos de um novo tsunami.

A chefe da Agência de Meteorologia, Geofísica e Climatologia, Dwikorita Karnawati, alertou então para a possibilidade de se registarem ondas altas e fortes chuvas, num momento em que a parede da cratera do vulcão arrisca ruir.


Numa conferência de imprensa na terça-feira, a responsável disse que o clima e as contínuas erupções "podem causar deslizamentos de terra nos penhascos da cratera para o mar".

"Tememos que isso possa provocar um tsunami", acrescentou Karnawati.

A violenta erupção do vulcão Anak Krakatoa, a cerca de 50 quilómetros mar dentro desde a praia Carita, provocou na noite de sábado um deslizamento de terra que criou as ondas de dois e três metros de altura e que demoraram 25 minutos a chegar à costa.

O tsunami surpreendeu muitos visitantes nas praias deste enclave, promovido como destino turístico pelo Governo.

O pior tsunami na Indonésia aconteceu em 26 de dezembro de 2004 no norte de Samatra e causou cerca de 230 mil mortes numa dezena de países banhados pelo Oceano Índico, dos quais 168 mil em território indonésio.

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