Estado da União. Trump agita grandeza, apela à união e demoniza imigração

Beligerante e conciliatório. No segundo discurso do Estado da União, o Presidente Donald Trump procurou cavalgar duas linhas retóricas que na realidade não se tocam: por um lado apelos à união em torno de uma grande nação com uma missão; por outro, a renúncia ao consenso em dossiers como a fronteira a sul. Em hora e meia perante a Câmara dos Representantes, assinalou ainda o papel histórico dos americanos na II Guerra Mundial e apontou as linhas de rota a um crescimento sem igual neste século. Em suma, o slogan de um boné - Make America Great Again, ou “Fazer a América grande outra vez”. Com o cerimonial que se impõe nos discursos do Estado da União, o presidente Donald Trump fez uma entrada triunfante em Capitol Hill, indiferente às 12 investigações de que é alvo neste momento em assuntos cada um mais delicado do que o outro. À espera na sala estavam os dois juízes que escolheu para o Supremo, Brett Kavanaugh e Neil Gorsuch, mas também caras hostis como as representantes democratas da Câmara dos Representantes Alexandra Ocasio-Cortez e Rashida Tlaib ou a speaker Nancy Pelosi, “pousada” no seu ombro durante todo o discurso.

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