Marrocos: Universidade Politécnica Mohammed VI quer receber mais estudantes da África subsaariana, incluindo Cabo Verde


A preocupação da Universidade Politécnica Mohammed VI (UM6P), inaugurada em Janeiro de 2017 pelo Rei do Marrocos, Mohammed VI, a que lhe deve o nome, é ser um centro de pesquisa, inovação, formação, empreeendorismo e partilha de conhecimento na África, ao adaptar os seus cursos ao contexto socioeconómico do continente. Ciência e tecnologia (minas, geologia, água e energias renováveis, ciências informáticas, aplicações medicais), ciência humanas, económicas e sociais(direito internacional e economia emergente), áreas de engenharia, água, eletricidade e agricultura são cursos ministrados nessa universidade.

O director de comunicação dessa jovem Universidade sublinha temáticas pertinentes para a África, nomeadamente segurança alimentar, urbanização e arquitetura urbana. Para isso, a universidade criou um um leque de laboratórios de pesquisa para atrair pesquisadores marroquinos, da África subsaariana e à nível internacional para integrar a sua plataforma de pesquisa e inovação ao serviço da África.

Para Khalid Baddou, a universidade criou um novo modelo de “residência do conhecimento na África” em que “os doutores vão procurar o conhecimento em grandes universidades dos EUA e, não só, regressando ao Marrocos, trabalhando em conjunto com a OCP sobre problemáticas muito operacional ligado à indústria do fosfate. Vão desenvolver competências e transferir esse conhecimento à outros estudantes por forma a criar um polo de especialistas”.

Além disso, essa instituição de ensino superior de Marrocos possui um programa de recrutamento de um corpo professoral e procuram melhores professores na africana para formar e trabalhar com a Universidade e ainda criar uma rede de cerca de 80 universidades especializadas em pesquisa na agricultura.

Nessa onda de partilha de conhecimentos, vai dizendo a África sub-sahariana está incluída, com a implementação do projecto “Learning by doing” cujo objetivo é conhecer o solo e o ambiente de diferentes países africanos, para poder desenvolver soluções de pesquisa em conjunto ,nomeadamente à nível de fertilizantes adaptados ao solo de cada país.

“A pesquisa custo muito dinheiro. As empresas procuram laboratórios de pesquisa fora dos seus países, por exemplo na Europa e , hoje, podem encontrar essa opção em Marrocos, para que possam desenvolver os seus projetos de pesquisas adaptadas às suas necessidades”, sublinhou khalid Baddou para quem os custos ficam, de longe, muito mais baratos.

Conta com cerca de 700 alunos, mais de 50 são da África sub-sahariana, incluindo Cabo Verde, sendo a temática de tecnologias /fertilizantes atrai 18 deles. A OCP é o grande parceiro que tem oferecido bolsa de estudos para os melhores alunos que pretendem estudar naquela universidade.

OCP no ensino integrado – o caso das energias limpas

A Universidade Politécnica (UM6P) Mohammed VI está no processo de ser uma “universidade ecológica” graças a OCP que construiu ali um grande parque de energia solar, implementado sob uma área de 8 hectares - ainda em construção - que vai acompanhando a futura Cidade Verde de Banquerir. Um projecto de 20 milhões de euros, com mais de 50 engenheiros - pesquisadores e doutorandos” e em que 30% dessa energia é utilizada pela UM6P.

O sistema fotovoltaico foi implementado o Grupo OCP , a Universidade e Ministério de Energia dos Marrocos em 2011, por forma a apoiar esse Governo na sua estratégia ao nível de energia, através da pesquisa e desenvolvimento, que além de servir Marrocos servirá também outros países africanos e do mundo. Neste sentido, a universidade possui uma plataforma destinado a pesquisa e formação no domínio solar quer seja energia renovável, tecnologia fotovoltaica, energia solar e térmica.

“Estratégia da energia solar centra-se e 3 eixos principais: identificar a melhor tecnologia melhor adaptado ao contexto local e à nível continental. O segundo, desenvolvimento de uma nova geração de tecnologia solar destinados ao mercado, para as zonas árias e semi-áridas e desérticas. E finalmente a securização do mercado local através da certificação e estandardização”, explicou o diretor de comunicação, khalid baddou ao anunciarpara meados de Abril, o lançamento de um start-up que, numa primeira fase,´irá levar à universidade estudantes de 4 países(etiópia, Costa do Marfim, Nigéria e Marrocos) - que queiram apreender e partilhar experiências nos laboratórios, à nível de agricultura.

OCP gere maior reserva de fosfato – nutriente do futuro

“Alimentar a terra para alimentar o planeta” é lema da OCP, gigante mundial da indústria de fosfato e responsável pela exploração da maior reserva mundial de fosfato, situado na serena cidade de Khouribga( Marrocos) considerada a capital do fosfato. É com este objetivo que essa empresa tem apostado para criar valor à este “mineral do futuro” , utilizado não só na agricultura para fertilização dos solo como também na produção de fertilizantes fosfatados e suplementos alimentares para animais e para fins industriais.

Num continente fustigado por secas prolongadas, com isso, a OCP marca a diferença implementando um longo programa integrado que luta por uma agricultura durável e segurança alimentar no continente. Tudo isso passa também por uma utilização racional e optimizada dos recursos hídricos com aposta na dessanilização e tratamento das águas residuais.

Alíás, cerca de 35 % da água utilizada na produção e lavagem do fostato provém de dessalinização da água do mar e das águas residuais utilizando a energia limpa que representa 75% nas actividades realizadas pela OCP.

Além desse leque de projectos de inovação apresentado pela OCP durante uma visita de membros da União Internacional da Imprensa Francófona, essa empresa marroquina também tem financiado projectos sociais na zona mineira de khouribga e outros pontos do país.


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