Tesoureiro do Vaticano dado como culpado por abusos sexuais contra menores

Um tribunal australiano considerou o cardeal George Pell, tesoureiro do Vaticano e um dos homens mais poderosos da Igreja Católica, culpado por crimes de abusos sexuais a menores. Pell, que deverá enfrentar pena de prisão, continua a negar todas as acusações e os seus advogados já recorreram da decisão do tribunal. George Pell, de 77 anos, é acusado de cinco crimes: um de abuso sexual de uma criança e quatro de prática de atos indecentes com ou na presença de menores no final da década de 1990.
O tesoureiro do Vaticano era próximo do Papa Francisco, que em dezembro o retirou do seu pequeno grupo de conselheiros por “razões de idade avançada”. O Papa tinha previamente elogiado Pell pela sua honestidade e por lutar contra os abusos a crianças.

As acusações contra o cardeal basearam-se no testemunho de um homem de 35 anos que revelou que Pell abusou sexualmente dele e de outro rapaz na catedral de São Patrício, na cidade australiana de Melbourne, depois de uma missa de domingo em 1996.

Foi dito em tribunal que o então arcebispo de Melbourne encontrou os dois rapazes de 13 anos, que pertenciam ao coro da igreja, a beber vinho às escondidas numa pequena sala da catedral, tendo depois forçado um deles a realizar sexo oral e tocado nos genitais do outro enquanto se masturbava.