Michael Cohen diz que Donald Trump é "racista" e "vigarista"

O ex-advogado do Presidente dos Estados Unidos, que em tempos afirmou que levaria um tiro por ele, testemunhou esta quarta-feira contra Donald Trump, perante o Comité de Supervisão e Reforma da Câmara dos Representantes. Michael Cohen afirmou que Trump é "racista", um "burlão" e um "batoteiro". Cohen afirma ter documentos que provam aquilo que testemunha.

"Tenho vergonha da minha fraqueza e da minha lealdade imerecida - daquilo que fiz para o senhor Trump num esforço de o proteger e promover", afirmou Cohen na sua declaração inicial. "Tenho vergonha porque sei o que o senhor Trump é. E um racista. É um trapaceiro. É um batoteiro", acrescentou. "Michael Cohen foi um dos muitos advogados que me representou (infelizmente). Tinha também outros clientes. Acabou de ser expulso pelo Supremo Tribunal Estadual por mentira&fraude. Ele fez coisas más não relacionadas com Trump. Está a mentir para reduzir o seu tempo de prisão. Um advogado desonesto a ser usado!" escreveu Donald Trump.

Michael Cohen deverá começar a cumprir três anos de prisão a 6 de maio, depois de se reconhecer culpado de múltiplas acusações de fraude, evasão fiscal e de mentir ao Congresso.
Trump não esperava vencer
Michael Cohen diz ainda que Trump "nunca esperou ganhar as primárias" ou sequer a eleição presidencial. "Para ele, a campanha era uma oportunidade de marketing", defende.

Terá sido em parte por isso que Trump mentiu sobre os negócios sobre a construção da Trump Tower em Moscovo.

"O senhor Trump sabia e estava à frente das negociações da Trump Moscovo ao longo da campanha, e mentiu sobre isso. Mentiu sobre isso porque não esperava ganhar as eleições. Mentiu também sobre isso porque iria ganhar milhares de milhões de dólares com o projeto", afirmou Cohen perante o Comité.

"Em conversas que tivemos durante a campanha, ao mesmo tempo que eu estava ativamente a negociar com a Rússia por ele, ele olhava-me nos olhos e dizia-me que não há qualquer negócio na Rússia e depois saía e ia mentir ao povo americano, dizendo a mesma coisa. À sua maneira estava a dizer-me para mentir", acrescentou.

Michael Cohen afirmou em 2017 ao Congresso que as negociações para a Trump Tower em Moscovo acabaram em janeiro de 2016, quando na verdade só foram suspensas em junho seguinte.


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