EUA exigem regresso seguro de Guaidó e ameaçam responder a incidentes

"O Presidente interino, Juan Guaidó, anunciou o regresso à Venezuela. Qualquer ameaça contra o regresso seguro terá uma resposta forte e significativa dos Estados Unidos e da comunidade internacional", alertou Bolton, na rede social Twitter.

O autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou no Twitter que regressava ao país às 11h00 (15h00 em Lisboa), depois de uma visita a vários países da América do Sul.

"Anuncio o meu regresso ao país. Peço ao povo venezuelano que se concentre, em todo o país, amanhã (hoje, segunda-feira) às 11h00 (15h00 em Lisboa)", escreveu Guaidó no Twitter.

Guaidó, que lidera a Assembleia Nacional venezuelana, acrescentou que vão ser divulgados pontos de concentração nos canais oficiais de comunicação.

No sábado, o Governo brasileiro também defendeu que Juan Gaidó possa regressar à Venezuela sem incidentes e sem violações dos seus direitos.

Já a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, declarou que qualquer ação contra "a liberdade, segurança ou a integridade pessoal" de Guaidó "representaria uma grande escalada de tensões e mereceria a firme condenação da comunidade internacional".


A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente interino e declarou que assumia os poderes executivos do chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro.


Guaidó, de 35 anos, prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.


Nicolás Maduro, de 56 anos, no poder desde 2013, denunciou a iniciativa de Guaidó como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.


A maioria dos países da UE, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.


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