Assassinato em Eugénio Lima leva família de Edvânia Gonçalves a pedir reabertura de investigações

O assassinato de um indivíduo conhecido por “Toquinho”, de 46 anos,  ocorrido recentemente no bairro de Eugénio Lima, trouxe à tona um caso que há sete anos permanece como uma ferida aberta para a família de Edvânia Gonçalves. A criança, desaparecida em 14 de novembro de 2017, tinha apenas 10 anos na época, e seu desaparecimento foi seguido, meses depois, pela descoberta de ossadas que confirmaram seu assassinato.

O caso, que chocou o país na época, voltou a ganhar destaque devido às suspeitas levantadas na altura pela mãe de Edvânia, que acredita que o indivíduo envolvido no assassinato de “Toquinho” também pode estar ligado ao desaparecimento de sua filha. “Segundo a mãe de Edvânia, o indivíduo estava nos arredores onde a criança desapareceu”, disse uma fonte, acreditando em semelhanças no “modus operandi” entre os dois casos.

Os familiares pedem agora a reabertura do caso, alegando que há novas pistas que merecem ser investigadas. “Queremos justiça para Edvânia. Não podemos deixar que o caso dela caia no esquecimento”, apelam.

“Não consigo deixar de pensar que ele pode ter algo a ver com o que aconteceu com a minha menina”, afirmou recentemente o pai de Edvânia numa reportagem da Record Cabo Verde.

Relembre o caso 

No fatídico dia 14 de Novembro de 2017, Edvânia saiu de casa para emprestar um material escolar a uma vizinha e realizar um mandado para sua mãe. A distância entre sua casa e o destino era de apenas 100 metros. No entanto, esses foram seus últimos passos conhecidos.

Após meses de buscas e esperanças de encontrá-la viva, a confirmação mais dolorosa veio em julho de 2018: um conjunto de ossadas encontrado em janeiro, na localidade de Ponta Bicuda, pertenciam à jovem. Desde então, a família não recebeu mais informações concretas sobre as investigações.

“Era um caso de desaparecimento que virou assassinato, mas nunca deram continuidade. Não sei por quê”, desabafou a mãe de Edvânia.

Se estivesse viva, Edvânia teria hoje 17 anos. A família lembra dela como uma menina estudiosa, dedicada e cheia de sonhos. “É como se tivesse acontecido ontem. O vazio que ela deixou nunca será preenchido”, relatou o pai.

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