Idai. Mais 40 toneladas de alimentos a caminho de Moçambique
Um avião com 22 toneladas aterrou no domingo "e há outro a caminho com
mais 40 toneladas", referiu Karin Manente, que aguarda pelo
descarregamento dentro de "dois a três dias".
Um dos objetivos é alimentar a população que continua isolada nas zonas alagadas pelas cheias,
bem como atender a carências na província de Manica, onde a Lusa
visitou um centro de abrigo no qual os beneficiários, entre os quais
muitas crianças, se queixaram de falta de comida.
O PAM distribuiu hoje 4,2 toneladas de biscoitos enriquecidos, por via aérea, a quem aguarda salvamento para zonas seguras.
Fontes ligadas à operação indicam que as aeronaves em ação poderão incluir outras usualmente ao serviço de empresas privadas.
Pelo menos seis helicópteros estão ao serviço na região (quatro da
África do Sul, um do PAM e outro das autoridades moçambicanas) e há
expectativa de mais se juntarem às operações.
Há mais pessoas a serem salvas graças a várias organizações envolvidas
nas operações, mas o número total de resgates ainda não está
consolidado, acrescentou.
Muitas tiveram de deixar outros membros da família para trás, enquanto
os helicópteros tentam dar prioridade aos casos mais urgentes.
Autoridades sul-africanas que apoiam as operações salvaram, só com as
suas viagens de helicóptero, 40 pessoas da zona de Buzi, sobretudo
mulheres e crianças.
, em número indeterminado, referiu
Karin Manente, apesar das ações de salvamento em curso diariamente com
helicópteros e embarcações."Ainda há populações isoladas"
Uma cidade destroçada como testemunhou o correspondente da RTP, Pedro Martins.
As operações do PAM são coordenadas a partir de um centro na Beira,
onde a equipa das Nações Unidas já consegue dispor de ligação à
internet, enquanto o resto da cidade continua sem eletricidade, nem
comunicações.