Criadores de suínos apelam por intervenção de autoridades perante morte repentina de vários porcos

Em declarações à imprensa desde a pocilga, uma das criadoras de porcos, de nome Ernestina Silva, conhecida por “Bitina”, disse recordar que houve uma morte de um porco de outro criador em Dezembro, mas depois parou, entretanto nos últimos tempos aumentaram as mortes.
“Passamos e vemos os porcos mortos atirados no caminho, cheirando mal”, reclamou Bitina explicando que “as alimárias devem ser enterradas”.
Quanto aos seus porcos, a mesma mostrou todos os seus chiqueiros vazios, alegando que perdeu todos.
“Ao primeiro que morreu eu dei comida e não quis comer, fui logo chamar o veterinário, viemos rápido com remédio e injecção para dar, mas o porco não escapou. No outro dia deitou-se e morreu. Morreu uma porca prenha, um capado grandão, outra fêmea que comprei por 7.500 escudos. Uma grande perda, não sabemos como vamos fazer, mas precisamos de ajuda”, disse mesma.
Outro criador, Arlindo Costa, disse já ter perdido nove porcos e está receoso dos outros quatro que ainda estão vivos.
“Nós alimentamos os nossos animais, mas estão só a morrer, fomos ao veterinário e disseram que não têm remédio para isso, e os porcos estão a morrer. Só dos meus já morreram nove, tenho só quatro e estou a fazer cálculos, se eles não morrerem podemos fazer uma mudança para outro lugar onde a doença não está. Ou então se há remédio para ajudar-nos porque aqui vão morrer todos”, afirmou Arlindo Costa.
O mesmo ainda reclamou do facto dos buracos para enterrar os porcos já estarem cheios e algumas pessoas estão a deixar no chão, o que leva a mais doenças para os outros.
Arlindo Costa enfatizou o facto de não ser a primeira vez que está a ter perdas por causa de doenças nos porcos, pelo que apelou por ajuda a quem de direito.
As autoridades da ilha já estão a par do assunto e estão a traçar um plano de acção.
Tanto o delegado do Ministério de Agricultura e Ambiente, como o vereador dos pelouros da Pecuária e Saúde Pública comprometeram-se a pronunciar mais adiante sobre o assunto.
Entre os munícipes, na cidade, circulam “boatos” de que algumas pessoas estarão a aproveitar da situação para vender carne de “porcos doentes” a baixo custo, o que está a deixar as pessoas bastante preocupadas.