Presidente da Assembleia Geral da ADC apela à suspensão voluntária de Bernardino Gonçalves

Em declarações à Inforpress, Diamantino Moreno explicou que, após denúncias contra Bernardino Gonçalves por alegado incumprimento dos estatutos da associação e actuação conforme interesses pessoais, e perante o anúncio de uma auditoria por parte do Governo, o mais adequado seria “que o próprio presidente solicitasse a sua suspensão, de forma a salvaguardar a imagem da instituição”.

Segundo Diamantino Moreno, a suspensão permitiria que as auditorias decorram de forma livre, sem interferências que comprometesse o processo e a integridade dos documentos.

“Em vez de se defender em espaços privados, junto de sócios, amigos e até no tribunal, alegando ser um homem sério e de caráter, ficaria mais claro e transparente se ele próprio tomasse a iniciativa de se afastar temporariamente”, afirmou.

Diamantino Moreno reforçou que a medida contribuiria para manter a confiança dos parceiros e patrocinadores da ADC.

“Para não perdermos apoios e garantirmos a confiança dos parceiros, entendemos que o mais adequado neste momento seria que ele mesmo pedisse a suspensão do mandato”, reiterou.

Finalizou acrescentando que a direcção já tentou, por várias vezes, abrir espaço para o diálogo, mas Bernardino Gonçalves “simplesmente não aceitou”.

O ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, anunciou, na semana passada, que vai accionar a Inspecção-Geral das Finanças, como órgão de controle das contas públicas, para averiguar as denúncias.

Entretanto, pediu serenidade e para deixar que a instituição continue as actividades, realçando que a auditoria prevê a clarificação necessária dos factos e de todos os envolvidos.

Bernardino Gonçalves, instado pela imprensa a comentar as várias acusações que pairam sobre a sua pessoa, desvalorizou as denúncias, alegando que os problemas internos da ACD devem ser discutidos em sede própria e não na comunicação social.

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