Parlamento: Governo anuncia investimento de mais 400 mil contos nas mulheres rurais

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou hoje que o Governo vai investir, nos próximos dois anos, mais de 400 mil contos na implementação de projectos hidroagrícolas e acções de formação dirigidas essencialmente às mulheres do mundo rural.

“A redução de encargos com a educação e a formação profissional é uma medida de política que beneficia as famílias, muitas delas chefiadas por mulheres”, indicou o chefe do governo.

Ulisses Correia e Silva fez essas considerações no debate mensal com os deputados, em que o tema foi o “As políticas públicas dirigidas à mulher” e acontece na véspera do Dia da Mulher Cabo-verdiana, 27 de Março.

A nível nacional, reconhece o primeiro-ministro, a taxa de desemprego e de pobreza é “maior entre as mulheres”.

Conforme afirmou, 65% das Unidades de Produção Informal, actividades que geram baixos rendimentos e não têm cobertura de segurança social, pertencem a mulheres.

“Esta realidade exige a continuidade de políticas públicas de qualificação profissional, fomento do empreendedorismo, inclusão produtiva e transição para a economia formal com acesso à segurança social para um maior empoderamento económico e social das mulheres”, acentuou Correia e Silva.

Na perspectiva do chefe do Governo, em Cabo Verde, milhares de mulheres mais pobres passaram a ter acesso a rede de cuidados a crianças e a subvenção de acesso ao ensino pré-escolar.

Para o primeiro-ministro, estas condições criadas permitem que as mulheres possam deixar os filhos em creches, centros de cuidados e jardins infantis e assim poderem trabalhar e prosseguir os estudos e terem acesso a formação profissional.

“Milhares de mulheres, principalmente das zonas rurais, passaram a ter acesso à água canalizada em casa, deixando de percorrer longas distâncias para obterem água, libertando-as para outras tarefas”, lançou Ulisses Correia e Silva.

Admitiu que no País existem ainda “muitas situações de diferenciação salarial entre homens e mulheres”, pelo que o aumento do salário mínimo nacional tende a beneficiar particularmente as mulheres.

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