Gaza. Israel levanta barreiras a civis após anúncio de trégua

“A partir das 7h00 (4h00 em Lisboa), todas as restrições de proteção vão ser levantadas”, avançou numa curta nota o exército israelita.

Nas últimas horas, fontes palestinianas citadas pelas agências internacionais deram conta de um acordo para o calar das armas obtido com a mediação do Egipto, do Qatar e da ONU.

Ao início da manhã, o Governo de Benjamin Netanyahu não havia ainda confirmado oficialmente o cessar-fogo. Todavia, a partir das 4h30 locais cessou o lançamento de rockets na direção do território do Estado hebraico.

 O movimento que governa a Faixa de Gaza reivindicou, designadamente, o alargamento das zonas de pesca e a luz verde de Israel à entrada de verbas facultadas pelo Qatar e de ajuda humanitária.

A trégua mereceu já críticas por parte do deputado israelita Benny Gantz, antigo chefe do Estado-Maior, que denunciou o que considerou ser uma “rendição à chantagem do Hamas e das organizações terroristas”. Defendeu também que a resposta a nova escalada terá de “ser severa”.

Ao amanhecer de sábado, combatentes palestinianos em Gaza dispararam centenas de rockets contra Israel. O sistema de defesa israelita – a denominada cúpula de ferro - terá intercetado 250 dos quase 700 projéteis lançados a partir do enclave. A retaliação israelita somou pelo menos 350 ataques a “posições militares”, segundo o Tsahal.

Em dois dias morreram pelo menos 23 palestinianos – entre os quais duas crianças e duas grávidas – e quatro civis israelitas, naquela que é já considerada a pior escalada desde a guerra de 2014.

O exército israelita alega que as mortes de uma das mulheres grávidas e de uma criança foram causadas por um rocket que acabou por tombar atrás das linhas palestinianas.

No domingo, o Presidente dos Estados Unidos lançou-se, uma vez mais, no Twitter para reiterar o apoio da sua Administração ao Governo israelita.

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