Situação «lamentável» na Cadeia do Sal: Guardas prisionais ameaçam com lutas radicais
Bernardino Semedo fez estas declarações durante a sua recente vista de dois dias à ilha do Sal, onde constatou no terreno as condições de trabalho dos guardas prisionais na Cadeia Regional.
Citado pela RCV, Semedo denuncia o reduzido número de agentes, a falta de fardamento, o excesso de carga horária, a falta de transporte, entre outras situações precárias existentes.
O Presidente da Associação dos Agentes Prisionais de Cabo Verde reconhece, no entanto, que em termos de infraestruturas, a Cadeia do Sal é uma das melhores do país neste momento. Mas Bernardino Semedo lamenta as condições de trabalho dos agentes prisionais, que, a seu ver, laboram numa autêntica ratoeira, isto tendo em conta o número reduzido de pessoal.
A pressão física e psicológica com que os agentes prisionais lidam no dia-a-dia tem levado, segundo Bernardino Semedo, à desmotivação desses profissionais.
O presidente da referida Associação aponta Março ou Abril do próximo ano como o prazo limite para a resolução do problema de formação de agentes prisionais - no mínimo 200 agentes, para que se possa colmatar o défice de pessoal existente nas cadeias de Cabo Verde. Caso contrário, avisa Bernardino Semedo, os agentes partirão para formas de luta radicais, nomeadamente a greve geral. Ilustração: Foto da Greve dos guardas da Cadeia Central da Ribeirinha -S.Vicente (Arquivo).