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À saída de uma reunião com senadores sobre o Irão, em Washington, Shanahan negou, contudo, números avançados esta quarta-feira na imprensa.
A agência Reuters referiu que o Pentágono estava a estudar uma proposta de envio de cinco mil tropas, enquanto outros media duplicavam esse número.
Estimativas ainda assim longe das 120 mil referidas em notícias publicadas a 14 de maio, em pleno agravamento da tensão entre Washington e o regime iraniano dos ayatolas.

A informação de meados de maio foi desmentida oficialmente. Esta quinta-feira, ao lado do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, Shanahan confirmou apenas que a hipótese do reforço de tropas está em cima da mesa.

"O que estamos a estudar é isto: há algo que possamos fazer para reforçar a força de proteção no Médio Oriente?", afirmou o secretario da Defesa designado. "Pode implicar o envio de tropas adicionais", admitiu, esclarecendo de imediato as informações veiculadas pelos media.

"Levantei-me esta manhã e li que íamos enviar 10 mil tropas para o Médio Oriente e depois li mais recentemente que eram cinco mil. Não há nem 10 mil, nem cinco mil", referiu. E deixou uma promessa aos repórteres: "mal existam alterações, daremos notícias".
Trump conciliador
O Presidente Donald Trump, por seu lado, opinou em conferência de imprensa há poucas horas, que as tropas dos Estados Unidos estacionadas na região não deverão necessitar de quaisquer reforços para conter grupos afetos ao regime iraniano.

Os Estados Unidos já enviaram para a região um grupo de porta-aviões, explicando a colocação dos vasos de guerra na área e o envio de bombardeiros e de mísseis Patriot, como sendo um meio dissuasor de quaisquer atividades perigosas por parte daqueles grupos.

Domingo, a queda de uma granada de morteiro na zona verde de Bagdade, perto da zona da Embaixada norte-americana, foi atribuída a uma milícia iraquiana financiada pelo Irão.

Num tweet inflamado, o Presidente dos EUA, Donald Trump, deixou ato contínuo uma ameaça a Teerão. "Nunca mais ameacem os Estados Unidos!". "Se o Irão quiser a guerra, será o fim oficial do Irão", tweetou.

Mais tarde, o Presidente norte-americano adotou um tom mais conciliatório e admitiu estar disponível para o diálogo com Teerão. Esta quinta-feira, quase desautorizou Patrick Shanahan.
Irão promete resistência
Já o Presidente iraniano, Hassan Rouhani, garantiu esta quinta-feira que Teerão não se irá render à pressão dos Estados Unidos e não irá desistir dos seus objetivos de independência, mesmo sob bombardeio.

Citado pela agência de notícias iraniana IRNA, Rouhani deixou um apelo. "Precisamos de resistir, para que os nossos inimigos saibam que, se bombardearem as nossas terras e se as nossas crianças forem martirizadas, feridas ou detidas, não iremos desistir dos nossos objetivos pela independência do nosso país e do nosso orgulho".

Os Estados Unidos sob Trump denunciaram o acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano assinado anos antes por Barack Obama. Têm exigido que Teerão abandone os seus programas nuclear e de mísseis balísticos.

Devido ao recente aumento de tensão, Washington retirou na semana passada do Iraque o seu pessoal não essencial dos serviços diplomáticos, estratégia copiada dias depois pela multinacional norte-americana do petróleo, Exxon Mobil.

Sábado passado, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif, comentou, no final da sua visita a Pequim, não acreditar numa guerra na região, já que Teerão não está interessado no conflito e nenhum país tem a "ilusão de que pode enfrentar o Irão".

"Não vai haver guerra porque nem nós queremos uma guerra como ninguém tem a ideia ou a ilusão de que podem confrontar o Irão na região", afirmou Zarif, citado pela agência iraniana de notícias IRNA e deixando no ar uma ameaça de retaliação em caso de ataque.

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