Operação conjunta EUA-México detém 19 suspeitos de tráfico de pessoas
A informação de meados de maio foi desmentida oficialmente. Esta
quinta-feira, ao lado do secretário de Estado norte-americano, Mike
Pompeo, Shanahan confirmou apenas que a hipótese do reforço de tropas está em cima da mesa.
"O que estamos a estudar é isto: há algo que possamos fazer para
reforçar a força de proteção no Médio Oriente?", afirmou o secretario da
Defesa designado. "Pode implicar o envio de tropas adicionais",
admitiu, esclarecendo de imediato as informações veiculadas pelos media.
"Levantei-me esta manhã e li que íamos enviar 10 mil tropas para o Médio
Oriente e depois li mais recentemente que eram cinco mil. Não há nem 10 mil, nem cinco mil", referiu. E deixou uma promessa aos repórteres: "mal existam alterações, daremos notícias".
Trump conciliador
O Presidente Donald Trump, por seu lado, opinou em conferência de imprensa há poucas horas, que as
tropas dos Estados Unidos estacionadas na região não deverão necessitar
de quaisquer reforços para conter grupos afetos ao regime iraniano.
Os Estados Unidos já enviaram para a região um grupo de porta-aviões,
explicando a colocação dos vasos de guerra na área e o envio de
bombardeiros e de mísseis Patriot, como sendo um meio dissuasor de
quaisquer atividades perigosas por parte daqueles grupos.
Domingo, a queda de uma granada de morteiro na zona verde de Bagdade,
perto da zona da Embaixada norte-americana, foi atribuída a uma milícia
iraquiana financiada pelo Irão.
Num tweet inflamado, o Presidente dos EUA, Donald Trump, deixou ato contínuo uma ameaça a Teerão. "Nunca mais ameacem os Estados Unidos!". "Se o Irão quiser a guerra, será o fim oficial do Irão", tweetou.
Mais tarde, o Presidente norte-americano adotou um tom mais
conciliatório e admitiu estar disponível para o diálogo com Teerão. Esta
quinta-feira, quase desautorizou Patrick Shanahan.
Irão promete resistência
Já o Presidente iraniano, Hassan Rouhani, garantiu esta quinta-feira que Teerão
não se irá render à pressão dos Estados Unidos e não irá desistir dos
seus objetivos de independência, mesmo sob bombardeio.
Citado pela agência de notícias iraniana IRNA, Rouhani deixou um apelo. "Precisamos
de resistir, para que os nossos inimigos saibam que, se bombardearem as
nossas terras e se as nossas crianças forem martirizadas, feridas ou
detidas, não iremos desistir dos nossos objetivos pela independência do
nosso país e do nosso orgulho".
Os Estados Unidos sob Trump denunciaram o acordo internacional sobre o
programa nuclear iraniano assinado anos antes por Barack Obama. Têm
exigido que Teerão abandone os seus programas nuclear e de mísseis
balísticos.
Devido ao recente aumento de tensão, Washington retirou na semana
passada do Iraque o seu pessoal não essencial dos serviços diplomáticos,
estratégia copiada dias depois pela multinacional norte-americana do
petróleo, Exxon Mobil.
Sábado passado, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif, comentou, no final da sua visita a Pequim,
não acreditar numa guerra na região, já que Teerão não está interessado
no conflito e nenhum país tem a "ilusão de que pode enfrentar o Irão".
"Não vai haver guerra porque nem nós queremos uma guerra como ninguém
tem a ideia ou a ilusão de que podem confrontar o Irão na região",
afirmou Zarif, citado pela agência iraniana de notícias IRNA e deixando no ar uma ameaça de retaliação em caso de ataque.