Coreia do Norte. Trump “não vai poder contar com a ajuda da China”
Cerca de um mês após a cimeira de Hanói, em que não foi possível
chegar a qualquer acordo entre Kim Jong-un e o Presidente
norte-americano, Donald Trump, responsáveis de informações sul-coreanos
confirmavam em março que Kim Yong-chol, alto representante da diplomacia
norte-coreana, tinha sido castigado pelo fracasso nas negociações. Na
altura, a imprensa de Seul conjeturou sobre o destino do dignatário,
assumindo que tinha sido enviado para um campo de trabalho.
Esta semana, para surpresa de todos, Kim Yong-chol surgia perto de Kim
Jong-un, o líder supremo da Coreia do Norte, durante uma apresentação
dos oficiais do Exército, segundo imagens que foram divulgadas por
publicações norte-coreanas.
É sempre assim quando o assunto em cima da mesa é o que se passa acima
do Paralelo 38. Especulação, observação exaustiva – a que é possível -,
tentativa e erro. Paul French, investigador e autor de vários livros
sobre a história contemporânea da China, vive em Xangai há várias
décadas, e lança agora um livro em que aborda as características e as
particularidades de um país tão único quanto secreto.
Em “Coreia do Norte: Estado de Paranoia”, editado em Portugal
pela Saída de Emergência, French explora os elementos que distinguem o
regime e a sociedade norte-coreana, desde a ideologia, o estado da
economia, a diplomacia e a questão nuclear, ou ainda as possibilidades
de uma eventual reunificação entre as Coreias.