Coreia do Norte. Meio-irmão de Kim Jong-un era "informador da CIA"

O norte-coreano terá sido envenenado com VX líquido, uma arma química extremamente tóxica. Duas mulheres, a indonésia Siti Aisyah e a vietnamita Doan Thi Houng foram acusadas de esfregar o líquido no rosto de Jong-nam. Após dois anos detidas, foram libertadas em março e maio deste ano. Negam ter assassinado Kim, argumentando que pensavam estar a participar numa partida para um canal de televisão.

Kim Jong-nam era o favorito na linha de sucessão, mas acabou exilado, em 2001, quando tentou visitar a Disneyland em Tóquio com um passaporte falso. Tornou-se num crítico do regime desde então.

Preterido em favor do meio-irmão Kim Jong-un, viveu maioritariamente em Macau e em Singapura. Em 2012 disse que não acreditava que o agora líder norte-coreano tivesse capacidades de liderança.

As ligações agora avançadas pelo Wall Street Journal não foram, no entanto, confirmadas pela Agência Central de Informações (CIA). Contactada pelo jornal norte-americano, recusou dar quaisquer esclarecimentos, como era expectável. 

Um relatório da organização sul-coreana National Endowment For Democracy identificou 318 locais que foram utilizados durante décadas pelo Governo da Coreia do Norte para execuções públicas. O documento revela ainda as alegadas razões para as execuções e detalhes sobre as mesmas. 


Intitulado de "Mapping the Fate of the Dead" ("Traçar o Destino dos Mortos"), o documento é resultado de 610 testemunhos de desertores norte-coreanos, compreendidos num espaço temporal de quatro anos. 83 por cento dos entrevistados tinha assistido a pelo menos uma execução, tendo o mais novo sete anos de idade.


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