Ataque a petroleiros. EUA divulgam alegada prova contra Irão

O secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo tinha, na quinta-feira, responsabilizado Teerão pelo ataque ao navio japonês Kokura Courageous e ao norueguês Front Altair, ambos atingidos por engenhos explosivos no Golfo de Omã.

“O Governo dos Estados Unidos considera que (…) estes ataques constituem uma ameaça clara à paz e segurança internacionais, um flagrante ataque à liberdade de navegação e uma campanha inaceitável de tensão em espiral pelo Irão”, declarou Pompeo.

No mesmo dia, o Comando Central dos Estados Unidos, responsável pelas operações militares desta potência mundial, divulgou o polémico vídeo que mostra uma embarcação com vários homens que removem um objeto de um dos lados exteriores do petroleiro japonês, cerca de oito horas depois dos alegados ataques. Os EUA acreditam que essa embarcação é iraniana, que o objeto em questão é uma mina que não chegou a explodir e que o objetivo dos tripulantes era recuperar provas do seu envolvimento no ataque contra os petroleiros.

De acordo com um funcionário do Comando Central, o vídeo foi capturado por uma aeronave militar norte-americana que sobrevoava o local. Na zona onde estava o petroleiro japonês encontrava-se também uma fragata de guerra e um drone norte-americanos, algo que não impediu a alegada recuperação de provas.

Outro funcionário contou à CNN que outros pequenos barcos iranianos entraram na área onde a fragata de guerra USS Bainbridge se encontra, o que levou o Comando Central a deixar claro que “não será tolerada qualquer interferência com a USS Bainbridge ou a sua missão”.
Irão rejeita acusações
Para além do vídeo, o Comando divulgou imagens dos tripulantes da USS Bainbridge a prestar auxílio aos membros do Kokura Courageous após o ataque, que a Associação Internacional dos Proprietários Independentes de Petroleiros considera ter sido “bem planeado e coordenado”, com as minas colocadas “junto à linha da água, próximo dos motores”.

Os 44 tripulantes dos navios japonês e norueguês tiveram de ser resgatados pelas marinhas do Irão e dos Estados Unidos, não tendo sido registadas vítimas.
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