Triplo atentado suicida matou 30 pessoas e fez mais de 40 feridos na Nigéria
De acordo com as mesmas fontes, este foi um dos atentados mais mortíferos perpetrado pelo grupo islamista naquela região.
"Por agora, nós registámos 30 mortos e mais de 40 feridos", explicou à agência francesa AFP Usman Kachalla, responsável local dos serviços de segurança.
Três bombistas suicidas fizeram-se explodir no domingo à tarde em frente a um centro de retransmissão de futebol, onde dezenas de pessoas estavam a ver um jogo na aldeia de Konduga, a 38 quilómetros de Maiduguri, a capital do estado de Borno.
O atentado ocorre quase uma semana depois de o Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, ter prometido retirar da pobreza 100 milhões de pessoas e melhorar segurança do país, que sofre devido ao terrorismo `jihadista` do Boko Haram.
"Com liderança e motivação, podemos livrar da pobreza 100 milhões de nigerianos em dez anos", disse Buhari, durante um discurso em Abuja para comemorar a restauração da democracia em 1999 no país mais populoso da África, com quase 200 milhões de habitantes.
Buhari, que foi empossado no mês passado depois de ser reeleito nas eleições de 23 de fevereiro, chegou ao poder em 2015 com a promessa de acabar com o terrorismo do Boko Haram e disse na semana passada que continuará a luta contra os `jihadistas`.
O presidente lembrou que, em 2015, o grupo terrorista "poderia atacar qualquer cidade, incluindo a capital federal", Abuja, ao contrário de que acontece hoje.
No entanto, admitiu que "alguns desafios" persistem nas áreas rurais, onde os `jihadistas` cometem ataques e sequestros.
O grupo Boko Haram foi criado em 2002 no nordeste da Nigéria por Mohameh Yusuf, após o abandono do norte do país pelas autoridades.
Inicialmente, os seus ataques eram dirigidos à polícia nigeriana, uma vez que representava o Estado. No entanto, desde a morte de Yusuf, em 2009, o grupo passou a ter uma abordagem mais radical.
Desde então, o Boko Haram matou mais de 20.000 pessoas e as suas ofensivas provocaram aproximadamente dois milhões de deslocados, de acordo com as Nações Unidas.
Em 2015, com a sua filiação no autoproclamado Estado Islâmico, o grupo adotou também a denominação Estado Islâmico na África Ocidental.