Desvio de 35 mil contos no BCA: Gerência diz tratar-se de um caso isolado e de abuso da confiança

Em comunicado remetido ao Asemanaonline, o BCA fez questão de informar os seus clientes e ao mercado em geral que que o caso referido configura uma situação de abuso de confiança. «O cargo de Sub-Gerente é um cargo de confiança e de elevada responsabilidade dentro da organização. Daí ter sido um caso claro de abuso de confiança por parte da referida Sub-Gerente em relação ao Banco, mas não pondo em causa a segurança dos valores dos nossos clientes colocados à guarda do Banco», lê-se no documento.

Para a gerência do BCA, o ocorrido foi um caso isolado, o qual foi objeto de atuação por parte do Banco, através da tomada de medidas imediatas no sentido de minimizar a possibilidade de se repetirem situações análogas de abuso de confiança e através da comunicação às autoridades judiciais competentes.

«Vimos, assim, reiterar a garantia da segurança dos valores colocados à guarda do Banco. Sendo os clientes a razão da nossa existência, continuaremos, como sempre, a trabalhar para continuar a merecer e a retribuir a confiança que em nós depositam», vai o BCA tranquilizando os seus clientes.

É de salientar que a Polícia Judiciária deteve, no sábado, 22, fora de flagrante delito, na Praia, a Subgerente da Agência do BCA no Palmarejo, suspeita de desvio de um montante estimado em 35 mil contos pertencentes a clientes. Esta operação da Judiciária surgiu em cumprimento de um mandado do Ministério Público (PM).

TIR e interdição de sair do país

Segundo Informa a PJ, a detenção aconteceu através da Secção Central de Investigação de Crimes Económicos e Financeiro (SCICCEF), no decurso de uma denuncia formal do Banco Comercial do Atlântico – BCA.

A Judiciária revela que a arguida é colaboradora do BCA desde de 2006 e suspeita-se que vinha cometendo os crimes desde 2017.

Entretanto, o Tribunal da Comarca da Praia aplicou, esta segunda-feira, o termo de identidade e residência (TIR) para a subgerente da Agência do BCA no Palmarejo. Segundo ainda a informação avançada à Inforpress por uma fonte judicial, dando a suspeita teve de pagar uma caução, cujo valor não foi avançado. A mesma viu-lhe ser retirado o passaporte, pelo que fica interditada de sair do país e da ilha de Santiago.

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