Maduro acusa EUA de ataques eletromagnéticos contra sistema elétrico
"Há 72 horas sofremos um ataque eletromagnético. Não foi o primeiro. Nesta oportunidade os inimigos da nossa pátria conseguiram, outra vez, desligar o sistema elétrico nacional, que já estamos a recuperar a alto nível e a estabilizá-lo", disse.
Nicolás Maduro falava em Caracas, no Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas Bolivarianas, onde supervisionou uma série de exercícios militares no âmbito da Campanha Libertadora Simón Bolívar 2019 e durante as celebrações do 236.º aniversário do nascimento do Libertador Simón Bolívar, dos 196 anos da Batalha Naval do Lado e do Dia da Marinha.
"Ataques como estes, sofremos dezenas, nos últimos quatro meses, e temos vindo a defender, passo a passo", disse.
Por outro lado, sublinhou que "é o imperialismo norte-americano, desesperado, pelas suas derrotas (sofridas) na Venezuela".
Nicolás Maduro frisou ainda que nas próximas horas vai divulgar as investigações, o "diagnóstico, tipo de ataque, como e onde" ocorreu.
"A prioridade era voltar a ligar, recuperar e estabilizar. Quero agradecer uma vez mais a consciência superior do povo da Venezuela, para entender estes ataques, para resistir e encará-los, e que na nossa vida republicana, cidadã, continue em paz", disse.
Na tarde de segunda-feira ocorreu um novo apagão na Venezuela que, segundo a imprensa local, afetou os 24 Estados do país e o Distrito Capital.
As autoridades dizem que o apagão foi o resultado de um "ataque eletromagnético", o mesmo motivo que os grandes apagões ocorridos em março último, e que Caracas diz ter sido obra da oposição e do Governo dos Estados Unidos.
As atividades profissionais e escolares foram hoje suspensas para, segundo as autoridades, ajudar a restabelecer o abastecimento.
Entretanto, vários engenheiros e analistas continuam a denunciar uma alegada falta de manutenção e de investimentos no sistema elétrico venezuelano.
A 07 de março a Venezuela registou um grande apagão que deixou o país quase na totalidade às escuras e que, na maioria dos Estados, se prolongou por até sete dias.
A 25 de março pelo menos 16 dos 25 estados da Venezuela, incluindo o Distrito Capital, ficaram às escuras. Quatro dias depois um apagão afetou 23 estados da Venezuela.
E a 09 de abril um novo apagão afetou quase toda a Venezuela.