Onda da indignação em S.Vicente: Presidente da Câmara desconsidera 15 mil manifestantes que chamou de «maskrinha de cu pelod»

Com isso, o ainda presidente do executivo camarário de S.Vicente desconsiderou mais de 15 mil pessoas, algumas das quais que votaram nele nas últimas autárquicas. Por isso, «muitos alertam que Cust e MpD vão ter respostas de ‘maskrinha de cu pelôd’, para que possam aprender tratar com a dignidade e o respeito os sanvicentinos».

Para certos críticos, incluindo alguns próximos do MpD, «a declaração em causa foi politicamente incorrecta e pode vir ter consequências políticas imprevisíveis para Augusto Neves e o partido que sustenta o Governo de Ulisses Correia e Silva». É que, segundo fundamentam as mesmas fontes, o Edil de S.Vicente devia sim, como aconselhou o Presidente da República, auscultar, sem arrogância, os promotores da manifestação, na tentativa de conhecer melhor as suas reivindicações e servir de intermediário junto do Poder Central na procura de soluções para os mesmos problemas.

O líder da UCID qualificou, na ocasião, de baixo o nível da linguagem utilizado pelo presidente da Câmara de S.Vicente. “Infelizmente, já estamos acostumados ao baixo nível do senhor presidente da Câmara, com intervenções medíocres, indignas do povo que deveria, sabiamente, representar. O senhor presidente Augusto Neves, ao fazer as afirmações que fez, quer tão-somente desviar a atenção do povo de São Vicente, da péssima gestão da Câmara Municipal que vem executando, não obstante o pequeno aumento da transferência de verbas que o governo do MpD vem fazendo nestes últimos anos”, entende António Monteiro

“Relativamente a ‘maskrinha de cu pelod’, prossegue o presidente da UCID, gostaríamos de o dizer que nós não revemos nessas tolices”, diz.

Consta, no entanto, que o Edil de Mindelo desdobra-se agora em contactos de terrenos para ouvir eleitores. Mas, para analistas atentos, com esta postura – discurso de nível alegadamente baixo e desrespeitoso para com o povo ativo de Mindelo e forma de gestão - tudo aponta que «Cust» vai continuar a perder o terreno na ilha e, como consequência, enfrentar dificuldade em conseguir a sua reeleição nas autárquicas de 2020.


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