Kits da Proteção Civil. Adjunto de secretário de Estado indicou empresas
Nas páginas do diário, pode ler-se que o adjunto do secretário de Estado
assumiu ter recomendado “nomes para tais procedimentos”. No entanto,
Francisco José Ferreira escusou-se a detalhar a forma como terão sido
consultadas cinco empresas: Foxtrot, Brain One, Coldepor, Mosc e
Edstates.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil acabou por pagar
350 mil euros à Foxtrot Aventura, detida pelo marido de uma autarca do
Partido Socialista de Guimarães, e à Brain One - o Jornal de Notícias
escreve que os proprietários desta empresa “têm, há vários anos,
adjudicações da Câmara de Arouca”, onde o atual secretário de Estado da
Proteção Civil, José Artur Neves, foi presidente da Câmara de 2005 a
2017.
No domingo, o secretário de Estado sustentou que o processo de compra dos 15 mil kits e 70 mil golas “foi desenvolvido pela Proteção Civil”. Segundo o JN, o dossier terá sido coordenado pelo gabinete do governante.
José Artur Neves insistiu ainda que a gola antifumo, “que alguns
especialistas dizem que é inflamável”, visa sensibilizar e não proteger:
“Não é um elemento para proteger o cidadão do fogo, porque não se
pretende que o cidadão combate o fogo. Pretende-se transmitir ao cidadão
que deve munir-se de um pano, seja ele uma camisola, seja ele uma
toalha, para não respirar o fumo”.