O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, reconheceu hoje a gravidade dos cortes de energia eléctrica na ilha de Santiago, assegurando que o Governo está a actuar com urgência para resolver o que considera uma situação pontual e repor a normalidade com a maior brevidade possível. O governante admitiu ainda que as falhas no fornecimento de energia têm impactos directos na produção de água e no funcionamento da economia.
Olavo Correia respondia aos jornalistas depois da apresentação da Proposta de Lei que aprova o Orçamento de Estado para o ano económico de 2026 à Comunicação Social.
“É uma situação que nós consideramos ser pontual, embora esteja a demorar algum tempo, como é óbvio, mas o Governo está a tomar medidas no plano do investimento e no plano da governança para, com a maior brevidade possível, repor a normalidade”, afirmou.
O ministro adiantou que o Governo está a trabalhar com a empresa responsável pelo fornecimento de energia para reforçar a capacidade de produção e criar sistemas de reserva que permitam uma melhor gestão do risco.
“Estamos a investir no aumento de capacidade adicional, para termos sistemas de reserva e para melhor gestão do risco, investir na tesouraria da empresa para melhorar toda a sua capacidade em matéria de investimentos e de manutenção, e na governança para também melhorarmos a capacidade de resposta”, explicou.
Olavo Correia reconheceu ainda que a situação tem impactos directos na produção de água e no funcionamento da economia.
“Sem energia, como é óbvio, teremos dificuldades na produção de água. São bens essenciais hoje. Todos nós trabalhamos com energia, usamos computadores, máquinas, precisamos de energia para as empresas industriais e para os serviços. Sem energia há um bloqueio, e quando há cortes periódicos, isso tem custos adicionais para as empresas, para as pessoas e para as famílias”, apontou.
Conforme garantiu, o executivo está empenhado em resolver o problema.
“É uma situação que tem de ser resolvida com a máxima urgência. O Governo está a actuar para fazer com que isso aconteça e temos recursos previstos para 2026, para voltarmos à normalidade no comercialismo da energia e da água na ilha de Santiago e em todas as ilhas de Cabo Verde”, garantiu.