Apesar de promessas, partidos políticos não colocam as mulheres na dianteira nas “Autárquicas”

O MPD e o PAICV,os dois principais partidos do arquipélago, já anunciaram os nomes dos candidatos para disputar a liderança dos 22 municípios – todos são homens.

Embora considere que os referidos partidos não violaram a lei da paridade,Almeida entende que deviam dar mostras de maior abertura e inclusão de mulheres como cabeça de lista.

“Nós não lutamos só pela efetivação da lei de paridade, lutamos por uma cultura da paridade, e essa cultura tem que estar impregnada namente de todos os que tenham poder de fazer política em Cabo Verde, mormente dos que têm missão de liderar partidos. Bons líderes formam seguidores e têm dever de formar inclusivamente mulheres para liderar a vários níveis no país”, afirma Almeida.

Após a aprovação da lei da paridade, em 2019, os partidos e movimentos concorrentes estão obrigados a apresentarlistas em 60 -40 para lugares ilegíveis, portanto nenhum dos géneros deve ficar abaixo do mínimo estipulado.

Para o jurista e antigo deputado nacional, Manuel Monteiro, a aprovação da lei constitui uma boa medida, tendo em conta que facilita a entrada de mais mulheres na política activa.

Contudo, defende que o cabeça de lista deve ser escolhido em função da capacidade e vontade manifestada pela pessoa a entrar na disputa eleitoral, independente de ser homem ou mulher.

Por sua vez, a presidente da Associação de Defesa das Crianças Desfavorecidas e ex-deputada na Assembleia Municipal da Praia, Lourença Tavares, realça a necessidade dos partidose movimentos políticosabrirem caminho para que as mulheres possam ser eleitas e ocupar lugares de decisão .

No actual xadrez autárquico, o MPD, no poder, governa em 18 municípios; o PAICV em apenas dois, enquanto as outras duas Câmaras municipaissão lideradas por Movimentos independentes.

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